Reversão na Administração Pública

Embora neste mês tenham sido finalmente repostos na íntegra os salários cortados no governo do PSD/CDS, a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública demonstrou grande insatisfação com o decurso das reuniões com o Governo, sobre as reivindicações dos trabalhadores para 2017.

Na resolução aprovada no plenário de sindicatos, dia 18, e depois entregue no Ministério das Finanças, com um desfile de protesto na baixa de Lisboa, refere-se que «a nova correlação de forças na Assembleia da República», após as eleições legislativas, permitiu «a inversão de algumas políticas de ataque aos direitos e às condições de vida e de trabalho», mas «foi a luta dos trabalhadores que determinou a reversão dessas medidas impostas pelo anterior governo PSD/CDS e pela troika». Como «avanços positivos, mas limitados», são referidas: a reversão dos cortes nos salários acima de 1500 euros (concluído no corrente mês); a redução da sobretaxa de IRS em 2016 e a sua eliminação em 2017; a reposição do horário semanal para as 35 horas (ainda por cumprir para vários grupos de trabalhadores); a reposição dos feriados roubados.

A Frente Comum reafirma que «é necessário e é possível ir mais longe na dignificação das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores».

À saída da reunião de dia 21 com a secretária de Estado da Administração Pública, a coordenadora da Frente Comum salientou que a não alteração do posicionamento do Governo vem dar mais força à mobilização dos trabalhadores para a manifestação nacional que está convocada para 18 de Novembro, em Lisboa.

 



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