Falta pessoal nos CTT

Nas estações dos Correios e na distribuição, os postos de trabalho por preencher e a sobrecarga de trabalho reflectem-se na saúde dos trabalhadores e na insatisfação dos utentes, alertou o sindicato da Fectrans/CGTP-IN. Num comunicado de dia 11, divulgado na empresa e à comunicação social, o Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações exige da comissão executiva da administração dos CTT que tome medidas urgentes.

Quer no atendimento, quer na distribuição, «os trabalhadores já não aguentam esta situação e aumentam as situações de doença provocadas pelo stress, pelos elevados ritmos de trabalho e pelas cargas de trabalho».

O SNTCT afirma que «as lojas têm postos de trabalho vagos», os quais «ou não são ocupados ou são ocupados por trabalhadores deslocados de outras lojas que, por consequência, ficam na mesma situação». Sendo «comum a todo o País», esta falta nota-se ainda mais nas lojas com balcões do Banco CTT, «pois os trabalhadores são desviados dos restantes balcões e não são substituídos». «É frequente», protesta o sindicato, ficar apenas um trabalhador ao balcão nas horas de almoço, e terem de fazer «uma hora ou hora e meia de trabalho a mais», no final do dia, porque na altura de encerrar as estações, ficam ainda dezenas de utentes por atender.

Foram «manifestamente insuficientes» as contratações para substituição de trabalhadores em férias.

Semelhante é o panorama nos Centros de Distribuição, que o SNTCT volta a descrever como «sobrecarga de trabalho e ritmos de trabalho muito elevados, os quais os trabalhadores já não aguentam».

Para o sindicato, é preciso responder a dois problemas:
a falta de pessoal que se veio agravando nas lojas
e a internalização do correio expresso e da publicidade (estes serviços passaram a ser realizado pelos CTT e pela Mailtec e a CTT Contacto, empresas do grupo, em vez de empresas externas), orientação que foi posta em prática sem o aumento dos meios humanos e materiais.

O sindicato refere ainda que, «como consequência de toda esta situação, os clientes estão cada vez mais insatisfeitos e quem paga a fava são os trabalhadores, pois são eles que dão a cara».

 



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