De Cas­telo Branco ao Seixal vão cerca de 250 qui­ló­me­tros, mas ao con­trário do que afirma o di­tado po­pular, nem sempre «longe da vista» sig­ni­fica «longe do co­ração». Que o digam os co­mu­nistas do dis­trito de Cas­telo Branco, que se em­pe­nharam pro­fun­da­mente – e assim con­ti­nuam – na con­cre­ti­zação da cam­panha de fundos «Mais Es­paço, Mais Festa. Fu­turo com Abril», para a aqui­sição da Quinta do Cabo (que já este ano re­ce­berá, jun­ta­mente com a Quinta da Ata­laia, a 40.ª edição da Festa do Avante!).

Em con­versa com o Avante!, An­tónio Car­doso, membro do Co­mité Cen­tral e da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Cas­telo Branco do PCP (DORCB), re­corda o mo­mento ini­cial da cam­panha, em que foram de­fi­nidas as metas a al­cançar por cada or­ga­ni­zação par­ti­dária: «em Cas­telo Branco, a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de­cidiu logo no início au­mentar a meta que lhe foi atri­buída cen­tral­mente em 50 por cento.» A poucas se­manas da con­clusão da cam­panha, acres­centa, este úl­timo ob­jec­tivo está muito perto de ser al­can­çado. Quando falta ainda re­co­lher al­guns dos con­tri­butos de­cor­rentes dos com­pro­missos as­su­midos por muitos mi­li­tantes e amigos do Par­tido, a verba já re­ce­bida cor­res­ponde a 89 por cento da meta tra­çada pela DORCB.

Do que ainda falta, su­blinha An­tónio Car­doso, grande parte re­fere-se a di­nheiro por cen­tra­lizar re­la­tivo a esses mesmos com­pro­missos – que, ga­rante, os «ca­ma­radas e os amigos estão a cum­prir com re­gu­la­ri­dade». O resto será, como até aqui, al­can­çado com a de­di­cação de muitos mi­li­tantes co­mu­nistas, que, acre­dita, con­se­guirão nas se­manas que restam «levar a cam­panha mais longe». Neste pro­cesso, o di­ri­gente do Par­tido não es­pera fa­ci­li­dades, mas sim «muito tra­balho». Con­tudo, acre­dita, no final os ob­jec­tivos tra­çados pela Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal vão ser atin­gidos e pro­va­vel­mente até ul­tra­pas­sados.

Uma cam­panha mas­si­fi­cada

Como acon­tece em todo o País, também no dis­trito de Cas­telo Branco as vá­rias or­ga­ni­za­ções con­ce­lhias do Par­tido têm di­versos ní­veis de cum­pri­mento dos ob­jec­tivos. Até ao mo­mento, re­vela An­tónio Car­doso, seis delas já ul­tra­pas­saram as metas que as­su­miram, mais am­bi­ci­osas do que as ini­ci­al­mente de­fi­nidas. Até ao úl­timo dia, ga­rante o membro do Co­mité Cen­tral, quer estas quer as ou­tras con­ti­nu­arão a tentar re­co­lher o maior nú­mero de con­tri­butos num pro­cesso que está em curso e que chama de «mas­si­fi­cação da cam­panha».

Na fre­guesia do Tor­to­sendo, con­celho da Co­vilhã, foi pre­ci­sa­mente este pro­cesso que per­mitiu à or­ga­ni­zação local ter su­pe­rado há muito os ob­jec­tivos tra­çados. Pelas ca­rac­te­rís­ticas da or­ga­ni­zação do Par­tido e da pró­pria po­pu­lação da fre­guesia, o êxito da cam­panha as­sentou fun­da­men­tal­mente no ele­vado nú­mero de pes­soas que con­tri­buíram e não tanto no ele­vado valor das con­tri­bui­ções. Dada a si­tu­ação so­cial do País e a na­tu­reza de classe do Par­tido, é este o ca­minho a se­guir até ao fim, ga­rante An­tónio Car­doso.

A cam­panha ainda pros­segue, mas é já pos­sível fazer um ba­lanço, no dis­trito de Cas­telo Branco, desta au­da­ciosa ini­ci­a­tiva do PCP. Para An­tónio Car­doso, ela «chegou longe, a toda a or­ga­ni­zação e houve também muitos amigos que con­tri­buíram». É caso para dizer, como tantas vezes o fa­zemos, que «assim se vê a força do PC».