Desemprego em Aveiro

A União dos Sin­di­catos de Aveiro (CGTP-IN) apre­sentou re­cen­te­mente, em con­fe­rência de im­prensa, os nú­meros do de­sem­prego no dis­trito re­la­tivos a De­zembro de 2015, com base nos dados pu­bli­cados pelo Ins­ti­tuto do Em­prego e For­mação Pro­fis­si­onal (IEFP). Assim, o total de de­sem­pre­gados re­gis­tados é 33 606 (mais 332 do que no mês an­te­rior).

As mu­lheres re­pre­sentam 57,02 por cento do total (19 162), os de­sem­pre­gados de longa du­ração atingem os 16 799 (50 por cento); os jo­vens de­sem­pre­gados re­gis­tados com idade in­fe­rior a 34 anos são 11 122 (33,10 por cento) e a faixa etária entre os 35 e os 54 anos atinge 14 533 de­sem­pre­gados re­gis­tados (43,25 por cento).

A USA/​CGTP-IN alerta, no en­tanto, para a «ma­ni­pu­lação es­ta­tís­tica» («um dos traços que ca­rac­te­ri­zaram a ac­tu­ação do go­verno PSD/​CDS») e re­fere que, a esse tí­tulo, os dados di­vul­gados pelo IEFP re­la­tivos a De­zembro de 2015 «são elu­ci­da­tivos», no­me­a­da­mente por apenas re­gis­tarem uma su­bida de 332 de­sem­pre­gados, quando, no mês em causa, se ins­cre­veram nos cen­tros de em­prego 2695 novos de­sem­pre­gados.

Para além disso, a União de Sin­di­catos de Aveiro, «tendo em con­si­de­ração os de­sem­pre­gados re­gis­tados, os ocu­pados em “me­didas de em­prego” e os inac­tivos de­sen­co­ra­jados, e cru­zando os dados do IEFP com os do INE», aponta para um de­sem­prego real no dis­trito pró­ximo dos 80 mil tra­ba­lha­dores – bem dis­tante dos 33 606 de­sem­pre­gados re­gis­tados que o IEFP as­sume.

No plano ime­diato, a USA/​CGTP-IN va­lo­riza os re­sul­tados das elei­ções de 4 de Ou­tubro e a so­lução po­lí­tica en­con­trada, no sen­tido em que per­mi­tiram «abrandar a di­nâ­mica de ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento» e con­duzir à «de­vo­lução de al­guns di­reitos». No en­tanto, ad­verte que nem mesmo o cres­ci­mento do PIB a dois por cento no ano em curso «será su­fi­ci­ente para in­verter de forma sig­ni­fi­ca­tiva a si­tu­ação es­tru­tural do de­sem­prego».

 



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