A Comissão de Trabalhadores da Portugal Telecom manifestou-se apreensiva e chocada com a degradação da situação laboral, num comunicado em que considera que «o resultado dos primeiros oito meses de gestão Altice têm sido duros para a generalidade dos trabalhadores da PT».

Tem sido «muito complicado e difícil de entender» o que sucede com a mobilidade funcional. Sem concretizar as alterações contestadas de mudança de funções, a CT exige «respeito pelo percurso profissional dos trabalhadores e que seja feita a avaliação das condições propostas, em função dos constrangimentos físicos e psicológicos de cada trabalhador».

«Injustas e desajustadas» são as alterações anunciadas para vigorarem a partir de 1 de Abril no que respeita a benefícios de telecomunicações. A administração pretende acabar com a atribuição gratuita de «pacotes MEO» ao pessoal no activo e reduzir, de 50 para 30 por cento, o desconto a pré-reformados e trabalhadores suspensos. A CT recorda que «desde a OPA da Sonaecom, em 2006, praticamente não tem havido aumentos salariais na PT», pelo que «a gratuitidade dos serviços MEO é também uma forma de compensação em tempos de contenção salarial».

No comunicado são ainda apontadas as consequências do «atraso das intervenções de manutenção» de edifícios, que leva à sua «deterioração» e «tem degradado as condições de trabalho em muitos locais».

«A próxima prioridade é manter os apoios ao estudo para os filhos dos trabalhadores no ano lectivo 2015-2016 e seguintes», adianta a CT.