Portugal tem futuro
Jerónimo de Sousa participou, no domingo, 27, num almoço em Alpiarça, que ultrapassou todas as expectativas, e num grandioso comício em Évora.
Há solução para os problemas do País
Em Alpiarça, distrito de Santarém, as mais de 800 pessoas que estiveram na Nave Desportiva/Recinto da Feira reforçaram e deram ânimo à força, de homens e mulheres, que faz a diferença. «Gente séria» que na Assembleia da República estará, como sempre aconteceu, ao lado dos trabalhadores e da população em defesa dos seus interesses e aspirações.
Ali, naquele distrito, a confiança num bom resultado eleitoral é muita e baseia-se no trabalho desenvolvido. António Filipe volta a encabeçar a lista da Coligação PCP-PEV pelo círculo eleitoral de Santarém. Miguel Silva, Anabela França, Joana Ferreira, Luís Lourenço, Cristina Tomé, Augusto Figueiredo, Inês Correia, Rui Aldeano, Fernanda Cardigo, Sónia Colasso, Paulo Macedo, Filipa Rodrigues e João Luís Madeira Lopes completam a lista dos candidatos efectivos.
No palco – chamados um a um por António Ferreira, mandatário da CDU e do Executivo da Direcção da Organização Regional de Santarém (DORSA) do PCP – juntaram-se ainda os candidatos concelhios: Luís Peixoto, Carla Pereira, Coutinho Lopes, Mário Fernando Pereira, Carlos Coutinho, Mário Júlio, José Brás, Júlia Amorim, Luís Alberto, Teresa Santos, Victor Mendes, Mário Rodrigues, Carlos Filipe, Paulo Colaço, Francisco Modesto, Carla Pisco, João Carpinteiro, Isabel Matos, Carlos Tomé, José Manuel Duarte e Tiago Fontes.
O momento contou ainda com a presença de João Osório, da DORSA do PCP, Octávio Augusto, da Comissão Política do Comité Central do PCP e responsável pela DORSA do PCP, Manuela Pinto Ângelo, do Secretariado do Comité Central do PCP, e Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.
Alternativa à descrença
Depois das intervenções de João Madeira Lopes, que é também membro da Associação Intervenção Democrática, e de Anabela França, do Partido Ecologista «Os Verdes», António Filipe salientou que «há uma alternativa à descrença, um caminho de esperança, soluções para uma vida melhor com o voto e o reforço da CDU», tendo assumido o compromisso de, na próxima legislatura, entre muitas outras medidas, propor a reposição das «freguesias que foram roubadas ao povo», assim como lutar «por melhores acessibilidades e contra as portagens na A23 e na A13». A conclusão do IC3, entre o Entroncamento e Almeirim, e o arranjo da ponte entre Santa Justa e Couço, não serão esquecidas pelos deputados do PCP e do PEV.
Por seu lado, Jerónimo de Sousa começou por valorizar o facto de, naquele almoço, estarem muitos independentes, o que demonstra que «a CDU está a crescer e a avançar». O Secretário-geral do PCP comentou ainda as declarações proferidas, no dia anterior, por Passos Coelho, em que prometeu não cortar salários nem pensões. «As promessas e as declarações de Passos Coelho, tendo em conta o que disse no passado e fez no presente, valem tanto como um tostão furado. Não têm credibilidade nenhuma, porque mentiu quando disse que não cortava pensões, reformas e salários, e não atingia os mais pobres», acusou, lembrando que, mesmo que isso fosse verdade, «nada seria devolvido». «Passos Coelho diz que quer pôr o conta-quilómetros a zero para manter as injustiças e todo o seu programa de extorsão do povo e dos seus direitos», criticou.
Desigualdades territoriais
Depois de Alpiarça, após 160 quilómetros, o Secretário-geral do PCP participou num grande comício, com muitas centenas de pessoas, no Teatro Garcia de Resende, em Évora, onde acusou PS, PSD e CDS de, com a sua política de destruição económica e social, terem contribuído para aumentar as assimetrias e as desigualdades territoriais.
As consequências estão à vista de todos: expulsaram para a emigração meio milhão de portugueses, roubaram as freguesias ao povo, encerraram escolas, centros de saúde e repartições públicas, fecharam postos e estações de correio, reduzindo pessoal e os circuitos de distribuição postal para assegurar que os CTT fossem privatizados com o mais baixo nível de prestação de serviços.
Ainda segundo Jerónimo de Sousa, PS, PSD e CDS cortaram ainda «centenas de milhões de euros às autarquias impondo-lhes a redução de trabalhadores, cortes no investimento e a retracção na economia local» e «cozinharam os milhares de milhões de euros dos fundos comunitários, garantindo que a posta principal fosse para os grupos económicos e os agrários, deixando uma migalha para promover o combate às assimetrias».
O Secretário-geral do PCP defendeu, por isso, «um amplo leque de políticas integradas e dinamizadas regionalmente», que passam por «um poder regional com a regionalização», «orçamentos do Estado e fundos comunitários com forte descriminação positiva dos territórios atingidos pela desertificação», «outra política agrícola e florestal, outra visão para reindustrializar o País e para as redes de distribuição comercial» e «criar uma oferta de emprego, estável, bem remunerado e com direitos».
Sondagem do povo
João Oliveira, cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Évora, informou que a CDU, nas últimas semanas, tem feito uma campanha «à porta das empresas, nos locais de trabalho, nos cafés, nas ruas, nas praças a contactar os trabalhadores e o povo», resultando numa sondagem diária que mostra resultados bem diferentes de outras [sondagens]. «Mostra-nos que as pessoas estão fartas de ser enganadas pela troika PS/PSD/CDS e que há cada vez mais gente a reconhecer na Coligação PCP-PEV a força de confiança a quem vão dar o seu voto», realçou.
O candidato teceu ainda fortes críticas ao PSD e ao CDS, que «fogem das suas responsabilidades como o diabo da cruz» ao não «assumir o desastre para que empurraram o País». Por seu lado, o PS «concentra-se em combater a CDU» em vez de «atacar PSD e CDS e a política de direita que tem destruído o distrito».
Para além de Manuela Cunha, da Comissão Executiva do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), que apelou ao voto na CDU, no palco estiveram ainda os candidatos Sara Fernandes, Valter Loios, Lina Maltez, Tiago Aldeias e Júlio Rebelo, assim como o mandatário distrital, Carlos Pinto de Sá.
Foram ainda chamados João Martins, da Comissão Executiva do PEV, João Pauzinho, do Comité Central do PCP e responsável pela Organização Regional de Évora do PCP, e João Dias Coelho, da Comissão Política do Comité Central do PCP. No início actuaram os Peña Calimocho.