Defender as mulheres
O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) dirigiu à Amnistia Internacional uma carta, datada de 30 de Julho, em que repudia a revisão e aprovação, no Conselho Internacional – realizado em Dublin entre os dias 7 e 11 –, da circular intitulada «Projecto de Política sobre Trabalho Sexual» – um documento interno que, refere o MDM na missiva, «apoia a descriminalização total da "indústria do sexo", incluindo a legalização do proxenetismo, da propriedade de bordéis e da compra de sexo».
O MDM diz que «médicos, sobreviventes e pesquisa extensiva» demonstram que a dita «indústria» se baseia «na desumanização, degradação e violência de género» e que a prostituição constitui uma «grave violação dos direitos humanos, profundamente arreigada no género e na desigualdade económicas» e que deixa um «impacto devastador sobre as(os) vendidas(os) e exploradas(os)». Para o MDM, a política de legalização viria «reforçar os pilares de uma indústria multibilionária que ataca as populações mais marginalizadas e vulneráveis para fins de exploração sexual comercial».
Assim, a organização repudia a proposta referida e incita a secção portuguesa da Amnistia Internacional a que tudo faça para evitar a adopção de qualquer política que apoie a descriminalização da «indústria do sexo».