CGTP-IN mantém o «alerta»
«A luta não vai de férias», «vamos continuar em “alerta geral”», garantiu ontem, ao fim da manhã, o Secretário-geral da CGTP-IN, perante milhares de dirigentes e delegados sindicais e outros trabalhadores, na concentração que a Intersindical convocou para junto do Palácio de São Bento, a marcar o último dia da actividade parlamentar nesta legislatura.
Numa intervenção em que insistiu nos efeitos concretos da política aplicada pela maioria PSD/CDS e pelo seu Governo, Arménio Carlos saudou e valorizou a luta e a resistência dos trabalhadores e de outros estratos sociais, destacando importantes resultados, tais como: aplicação das 35 horas na maioria das autarquias; impedimento do fecho de serviços públicos; passagem a efectivos de milhares de trabalhadores com vínculo precário; manutenção de convenções colectivas de trabalho; aumentos de salários; inviabilização de «bancos» de horas. «E foi a luta, elemento central da elevação da consciência social e política, que reduziu a base social e eleitoral de apoio ao Governo» e «esteve na origem das derrotas eleitorais da maioria, nas autárquicas e nas eleições para o Parlamento Europeu», salientou.
A CGTP-IN admite «previsíveis manobras do Governo para, no período de Verão e sem o controlo de fiscalização da AR, legislar à socapa», procurando agravar a legislação antilaboral e anti-social, prosseguir a privatização de empresas e serviços públicos e as «reformas estruturais» que visam «aprofundar a degradação das funções sociais do Estado e a sua própria reconfiguração, de forma a transformá-lo num Estado mínimo para os trabalhadores e o povo e máximo para servir os interesses do grande capital», como se refere na resolução, aclamada no final da concentração.