«Ainda o processo de concessão da STCP a privados está longe de ser concluído, e já o Conselho de Administração começa a transformar postos de trabalho efectivos em trabalho temporário, fomentando a precariedade», acusou o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte.

Numa nota de imprensa que divulgou no dia 12, sexta-feira, o sindicato da Fectrans/CGTP-IN revela que tomou recentemente conhecimento de que os postos de venda ao público, actualmente da responsabilidade da TIP (Transportes Intermodais do Porto, empresa da qual o Estado é o único accionista), mas com funcionários da STCP, serão concessionados a empresas de trabalho temporário, por decisão dos conselhos de administração da transportadora e da TIP.

A ameaça que paira sobre os seis trabalhadores dos postos de venda da STCP «não é inédita». O sindicato observa que nas instalações da STCP já funciona a Linha Andante, sob a responsabilidade da TIP, com recurso a trabalho temporário para ocupar postos de trabalho permanentes.

Uma vez que o conselho de administração «opera em estreita articulação com o Governo», é a este que o sindicato imputa a responsabilidade pela transformação de postos de trabalho permanentes em trabalho precário, «movido pelo objectivo do costume: entregar negócios lucrativos aos privados, à custa de trabalhadores e utentes».