O alastrar da pobreza
Falando dos impactos das políticas incrementadas pelo Governo, nomeadamente sobre a vida das pessoas – assunto que esteve ausente nas intervenções quer do Governo quer das bancadas do PSD e do CDS-PP –, a deputada comunista Paula Santos trouxe à colação situações relacionadas com o desemprego, a emigração forçada, as desigualdades e o empobrecimento.
O alastrar da pobreza é de resto uma das faces mais negras desta política e que afecta sobretudo as crianças, como bem é ilustrado pelos indicadores que referem que 24,4 por cento das crianças está em risco de pobreza e que a fome regressou às escolas.
E o que faz o Governo? «Reduz ainda mais nas prestações sociais, com um novo corte de 375 milhões de euros», acusou Paula Santos, antevendo que no capítulo da Educação, com os cortes previstos, mais um passo seja dado no sentido da «desfiguração da Escola Pública, com mais encerramentos, degradação do parque escolar, maior carência de profissionais e sua precarização».
Quanto ao propalado aumento da verba na Saúde, de que o Governo tanto se vangloriou no debate, a deputada do PCP Paula Santos arrefeceu os ânimos às bancadas da maioria assinalando que tal não corresponde à verdade, uma vez que, precisou, o OE traz novos encargos, nomeadamente com a ADSE, ADM e a SAD, e com a incorporação de um conjunto de novas entidades no perímetro orçamental (como hospitais EPE, unidades locais de saúde).