Três questões essenciais
A renegociação da dívida, a preparação do País para a saída do euro e o controlo público da banca deram o mote para uma sessão pública realizada no Porto, no dia 22, inserida na acção nacional do PCP «A Força do Povo, por um Portugal com Futuro – uma Política Patriótica e de Esquerda».
A sessão teve como objectivo central a valorização da proposta apresentada na Assembleia da República pelo PCP – e rejeitada por PS, PSD e CDS – visando a resolução integrada dos três principais constrangimentos que condicionam o desenvolvimento do País: a dimensão das dívidas pública e externa, a submissão ao euro e o controlo privado da banca. Na intervenção que proferiu na sessão, Jaime Toga, da Comissão Política, realçou que a articulação entre estes três constrangimentos «constitui uma peça-chave para a continuação da política de direita, para o comprometimento da soberania nacional, para o aprofundamento da exploração capitalista e o crescente empobrecimento do povo português».
O dirigente do Partido chamou ainda a atenção para o «brutal silenciamento» a que a comunicação social votou a proposta do PCP, na mesma linha aliás do que faz relativamente a todos os aspectos da política alternativa que os comunistas propõem. Assim, sublinhou, a sessão visou também o alargamento do número de «divulgadores e defensores de uma política patriótica e de esquerda».
Agostinho Lopes, do Comité Central, e Ricardo Galhardo, da DORP, foram outros dos oradores.