Audição parlamentar
O PCP realizou, segunda-feira, no Porto, uma audição parlamentar sob o lema «Mobilidade e transportes – Em defesa do serviço público».
Preocupação com o futuro da STCP e do Metro do Porto
LUSA
Nesta iniciativa, realizada no Auditório da Junta de Freguesia de Massarelos, participaram membros das organizações representativas dos trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCT) e do Metro do Porto, autarcas, representantes dos utentes e de diversas associações, que partilharam a sua reflexão sobre a decisão do Governo de entregar a gestão da STCP e do Metro do Porto aos grupos económicos privados, numa parceria público-privado (PPP) apresentada como subconcessão.
Em representação do Grupo Parlamentar do PCP estiveram presentes os deputados Bruno Dias, Diana Ferreira e Jorge Machado, acompanhados por Gonçalo Oliveira, membro da Direcção da Organização Regional do Porto e do Comité Central do PCP.
Do conjunto das intervenções proferidas na audição, constatou-se ser comum a todos os presentes a preocupação com o futuro destas empresas, concluindo-se que a luta dos trabalhadores e utentes é a principal forma de defender o serviço público de transportes na Área Metropolitana do Porto.
Lógica economicista
No mesmo dia, a Assembleia Municipal do Porto reuniu extraordinariamente, a pedido da CDU, para debater o mesmo tema. Numa proposta de deliberação, os eleitos do PCP exigiram do Governo a «anulação do processo aprovado na reunião do Conselho de Ministros do dia 17 de Julho de 2014 de abertura à iniciativa privada dos serviços públicos de transporte de passageiros prestados pela STCP e Metro do Porto».
No documento, os comunistas dão a conhecer que os cadernos de encargos referentes a estes processos «apontam para uma maior redução da oferta de transportes públicos na cidade e na região do Porto», não existindo garantias em relação «à melhoria da qualidade do serviço oferecido», antes pelo contrário, uma vez que «o único critério para a escolha dos concessionários é o preço mais baixo da adjudicação».
Os eleitos do PCP manifestaram ainda a sua preocupação relativamente à situação dos trabalhadores destas empresas, quando «os direitos salvaguardados pela negociação colectiva são postos em causa».