Protesto contra o desmantelamento da EMEF

Unidos na luta de todos

Os tra­ba­lha­dores da EMEF nas ins­ta­la­ções do Porto, En­tron­ca­mento, Bar­reiro, Lisboa e Vila Real de Santo An­tónio re­a­li­zaram ontem uma greve de 24 horas. Ru­maram a Lisboa e con­cen­traram-se junto ao Mi­nis­tério das Fi­nanças contra o pro­cesso de des­truição da em­presa.

Go­verno impõe mais tra­balho por menos sa­lário

Nas ac­ções de luta, os tra­ba­lha­dores acu­saram o Go­verno de não dotar a EMEF – Em­presa de Ma­nu­tenção de Equi­pa­mento Fer­ro­viário – dos meios ne­ces­sá­rios para o seu fun­ci­o­na­mento, numa es­tra­tégia de a ir de­sac­ti­vando e des­truindo aos poucos, como acon­tece em Gui­fões (Ma­to­si­nhos), cujas ofi­cinas foram ofe­re­cidas aos pri­vados e onde a ma­nu­tenção irá ser feita através da sub­con­tra­tação de ope­rá­rios. 
Mas Gui­fões não é caso único. A FER­NAVE, em­presa par­ti­ci­pada a 100 por cento pela CP, vai dar for­mação a tra­ba­lha­dores es­pa­nhóis para de­pois re­a­li­zarem a ma­nu­tenção dos va­gões da CP Carga.
Pa­ra­le­la­mente, entre muitos ou­tros exem­plos de­nun­ci­ados pelo Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores do Sector Fer­ro­viário (SNTSF/​CGTP-IN), a grande ma­nu­tenção dos alfa pen­dular con­tinua a ser adiada, pre­vendo-se a «ne­ces­si­dade» de con­tratar fora, e em Oeiras o Exe­cu­tivo PSD/​CDS tem pre­vista uma ope­ração de es­pe­cu­lação imo­bi­liária no quadro da con­cessão da linha a pri­vados com a ma­nu­tenção in­cluída.
«Num mo­mento em que o País pre­cisa de tra­balho e tem mais de um mi­lhão de de­sem­pre­gados, a EMEF de­veria estar a con­tratar e não a pla­ni­ficar a des­truição de mais postos de tra­balho», acusa a SNTSF, de­nun­ci­ando que o plano do Go­verno «passa pela pre­ca­ri­zação do em­prego», mas também pela «li­qui­dação su­ces­siva de di­reitos dos tra­ba­lha­dores», im­pondo «mais tra­balho por menos sa­lário, para au­mentar a taxa de ex­plo­ração e os lu­cros dos ca­pi­ta­listas».

Por tudo isto, a des­truição do sector fer­ro­viário – ataque à EMEF, fusão da REFER com as Es­tradas de Por­tugal, con­cessão da CP, re­ti­rada dos ter­mi­nais à CP Carga para os en­tregar aos seus con­cor­rentes pri­vados, etc. – tem que ser tra­vada. «Não se trata apenas dos nossos postos de tra­balho, dos nossos di­reitos, do nosso fu­turo e dos nossos fi­lhos. Isso já seria bas­tante. A nossa luta é pelo fu­turo do País, pois a EMEF e o sector fer­ro­viário são com­po­nentes es­tra­té­gicas para o de­sen­vol­vi­mento so­be­rano de Por­tugal», afirma o sin­di­cato.




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