Indignação em Arazede
«O avô aqui estudou, a filha também, e o neto para onde vai estudar?», lia-se num cartaz empunhado por um dos muitos manifestantes que se concentraram no dia 30 de Junho contra o encerramento da EB1 do Tojeiro, na Freguesia de Arazede, concelho de Montemor-o-Velho.
Esta escola tem 20 alunos, dois deles com Necessidades Educativas Especiais, e reúne melhores condições a nível de equipamentos do que a instituição para onde serão deslocados os alunos, o que motiva a indignação e revolta da população, dos professores e dos autarcas do concelho.
Presente neste protesto esteve Jorge Camarneiro, vereador da CDU na Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, que, integrando uma delegação do PCP, manifestou solidariedade com a luta em defesa daquela escola. O eleito deu ainda a conhecer que no dia 30 de Abril a CDU interpelou o presidente da Câmara, no sentido de esclarecer se as escolas do Tojeiro e da Portela seriam encerradas. À questão colocada, Emílio Torrão, do PS, afirmou perentoriamente que a escola do Tojeiro «não iria encerrar» e que a da Portela «é quase certo que também não irá encerrar este ano», o que não corresponde à verdade, segundo a lista tornada pública pelo Ministério da Educação.
Na acção, Jorge Camarneiro relembrou que o encerramento de várias escolas no concelho de Montemor-o-Velho iniciou-se pela mão do governo do PS de José Sócrates e que o anterior executivo municipal do PSD/CDS aceitou, na altura, todas as imposições do Ministério da Educação de então.