O PS e a revisão da lei eleitoral
Dias depois de o Secretário-geral do PS ter anunciado que em Setembro o seu partido apresentará um conjunto de medidas para a reforma do sistema político, incluindo a revisão da lei eleitoral para a AR, com a proposta de redução para 180 do número de deputados, o deputado António Braga confirmou no dia 11 esse propósito sob a alegação de que há um «problema» no que toca ao «funcionamento do sistema partidário».
A questão fora suscitada pelo deputado comunista António Filipe e por Pedro Filipe Soares (BE) que viram nessa proposta do PS de redução do número de deputados uma clara cedência ao «populismo» e um alinhamento com as teses da «direita». O parlamentar do PCP não escondeu mesmo o seu espanto perante a proposta, lembrando a este respeito que o PS sempre a contrariou e esteve contra a sua «matriz», aliás com «muito bons argumentos e razões».
António Braga, que subira à tribuna para uma declaração política em nome do PS, invocou os resultados das últimas eleições para o Parlamento Europeu para sustentar a necessidade de «encontrar respostas» com vista a uma reforma do sistema político no nosso País.
Manifestando-se disponível para a discussão do que apelidou de «reforma relevantíssima», asseverou, valendo isso o que vale, que qualquer revisão da lei eleitoral respeitará sempre a proporcionalidade e a representatividade.