Pelo quinto ano consecutivo, realizou-se no Centro de Trabalho da Boavista, no Porto, o encontro anual de camaradas com tarefas de fundos e difusores do Avante!. Com a participação de dezenas de pessoas, intervieram José Moreira, da Direcção da Organização Regional do Porto, e Manuela Pinto Ângelo, do Secretariado do Comité Central do PCP.

Seguiram-se o já habitual lanche e um concerto musical, que muito ajudaram ao convívio, e à criação e aprofundamento dos «laços de amizade e camaradagem» que ligam os militantes do PCP, como José Moreira referiu na sua intervenção. Este dirigente do Partido chamou a atenção para as crescentes dificuldades financeiras da organização, cujas causas atribuiu à grave situação do País que, tendo obrigado a intensificar a actividade partidárias nas mais diversas áreas, terá retirado recursos e disponibilidades para as tarefas de fundos.

Esta é, para José Moreira, uma insuficiência que terá de ser colmatada. A campanha de contacto com os militantes do Partido e entrega do novo cartão do Partido, actualmente em curso, é uma altura ideal para se desenvolver e intensificar o trabalho de fundos, e nomeadamente de recolha de quotas e discussões do valor das mesmas, nesses milhares de contactos que se irão realizar.

Já Manuela Pinto Ângelo começou por saudar os presentes e afirmar que as tarefas de fundos, muitas vezes ingratas e desgastantes, são o garante da «independência política e ideológica» do PCP. Referindo-se aos resultados eleitorais recentes, em que o PCP, integrado na CDU, conseguiu um importante resultado, Manuela Pinto Ângelo garantiu que eles se devem, acima de tudo, a um trabalho que «não começou no período eleitoral», antes é uma constante no PCP, de luta pela melhoria de vida de um povo que se encontra numa grave crise económica e social fruto da política de direita que tem sido seguida, e que considerou como tendo chegado a um ponto tal que se pode considerar «como uma afronta ao regime democrático».