Estiveram anteontem em greve, com elevada adesão, os trabalhadores da Rodoviária do Tejo, em defesa do Acordo de Empresa, cuja caducidade, requerida pela administração, foi publicada no BTE a 29 de Dezembro. Devido à chuva, não se realizou a anunciada concentração na cidade de Torres Novas. Na sede da empresa, reuniram-se em plenário várias dezenas de trabalhadores, que aprovaram uma resolução e foram entregá-la em mão no gabinete dos administradores. Um dirigente do Sindicato dos Transportes Rodoviários e Urbanos, da Fectrans/CGTP-IN, referiu à Lusa que, para além do plenário em Torres Novas, houve adesão praticamente total em alguns locais de trabalho, como Chamusca, Cartaxo ou Alcoentre.
A federação informou que a determinação dos trabalhadores, nesta jornada, «levou a que a administração, sem perder o seu objectivo central de aumentar a exploração de quem trabalha, tenha suavizado as suas medidas, não procedendo a alguns cortes anunciados».
No documento entregue à administração recorda-se que o AE que esta ataca é o mesmo que tem permitido acumular resultados positivos de milhões de euros, como sucedeu em 2012. O sindicato e a federação ficaram mandatados para, caso a administração persista na eliminação de direitos, marcarem novas acções de luta.
A Intersindical marcou uma jornada nacional para 1 de Fevereiro e exortou todos os trabalhadores a intensificarem a luta diária contra a exploração e pela demissão do Governo, com antecipação das eleições legislativas, que é hoje «um objectivo decisivo e inadiável para o futuro imediato do povo português».
Muitos trabalhadores dos hipermercados Continente declararam por escrito que não aceitam o «banco» de horas, o que levou a empresa a situações extremas, como denunciou o CESP/CGTP-IN.
Defender a escola pública de qualidade, democrática, gratuita e para todos será a maior e principal luta na Educação, em 2014, para que este não seja o «annus horribilis» que o Governo se prepara para impor.