Polícias hoje na rua
Membros das forças e serviços de segurança de todo o País protestam hoje, em Lisboa, a partir das 17h30, entre a Praça Camões e a Assembleia da República, contra os cortes orçamentais e pela dignificação profissional.
A manifestação é apenas o início da contestação
À manifestação nacional convocada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos profissionais – que reúne estruturas representativas da GNR, PSP, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Polícia Marítima, Guardas Prisionais e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) –, associou-se a organização sindical dos inspectores da Polícia Judiciária. O facto é assinalável tendo em conta que esta é a primeira iniciativa do género a que aderem todos os serviços de segurança e policiais, fazendo prever «a maior manifestação de sempre» do sector, disse Paulo Rodrigues ao semanário Sol, advertindo que a acção pode ser apenas «o início de um calendário de contestação».
Para o secretário-geral da CCP, a mobilização de todas as forças justifica-se porque estão «em causa não só a questões sócio-profissionais, mas também o funcionamento das instituições». Em declarações à Lusa, o responsável notou que na última década «praticamente não existe investimento», razão mais do que suficiente para considerar que se chegou ao limite.
Nesse sentido, alerta, não é possível cortar ainda mais sem «fragilizar a segurança pública em Portugal», o que, acrescenta, «pode ter também consequências para o espaço europeu».
«A manifestação vai servir para exigir ao Governo outra atitude» e «alertar a opinião pública» para o risco deste «caminho de fragilidade», conclui.