Ensino artístico foi ao MEC
Uma «tribuna livre» de docentes das escolas de ensino artístico especializado e dos conservatórios públicos, que decorreu ao fim da manhã de dia 14, frente ao Ministério da Educação e Cultura, terminou com a deslocação de dezenas de docentes para o átrio do edifício, onde entoaram «Acordai» e «Grândola Vila Morena» e gritaram «25 de Abril sempre».
«A luta destes docentes já vem de longe e passa, em primeiro lugar, por exigir a realização de um concurso extraordinário, que lhes garanta estabilidade de emprego e acesso à carreira», refere-se na reportagem publicada no sítio electrónico da Fenprof, que promoveu o protesto.
Este ano, a instabilidade agravou-se, porque a colocação dos professores foi adiada para depois da abertura do ano lectivo e o MEC decidiu não permitir que o seu contrato produzisse efeitos a 1 de Setembro (o que implica, nomeadamente, a perda do direito a manterem-se subscritores da CGA, sendo automaticamente transferidos para a Segurança Social). Estes docentes, obrigatoriamente, têm de ser anualmente contratados directamente pelas escolas.
Na «tribuna» intervieram, entre outros, Mário Nogueira, Secretário-geral da Fenprof, e professores da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, da Escola António Arroio (Lisboa), dos Conservatórios de Braga e de Coimbra e do Instituto Gregoriano de Lisboa.