Carris condenada
Em tribunal, foi condenada a prepotência da administração da Carris, congratulou-se a Fectrans/CGTP-IN, ao dar a notícia, no dia 5.
Foi declarado ilícito o despedimento do José Manuel Passinhas Pólvora, motorista em Miraflores, que foi despedido por «incompatibilidade de fardamento», em consequência de ter um problema do foro dermatológico que o impedia de usar gravata, durante o serviço.
A federação lembrou que o despedimento foi concretizado pelo conselho de administração da Carris, «numa atitude prepotente», procurando «vergar os trabalhadores que lutam pelos seus direitos». A empresa é agora «obrigada a reintegrar o trabalhador, pagando-lhe tudo a que tem direito, acrescido dos juros».
O tribunal também declarou ilícito o despedimento de Jorge Gomes, delegado sindical e membro da Comissão de Trabalhadores da Carris. «Na sua ânsia de destruir a estrutura sindical do STRUP (sindicato da Fectrans/CGTP-IN), o CA forjou um processo disciplinar, assente numa alegada recusa de efectuar um teste de álcool e numa apresentação descuidada». A empresa foi condenada em termos idênticos aos do processo de José Pólvora.
Em tribunal estão outros processos «de trabalhadores, vítimas das mesmas atitudes persecutórias por parte da administração» e para os quais a federação espera «idêntico desenvolvimento». É o caso da contestação ao despedimento de Luísa Bota, activista sindical, ao tempo membro da Comissão de Trabalhadores e que durante vários anos integrou a direcção do STRUP.