CDU quer atrair novos investimentos

Afirmar Beja

João Rocha, cabeça de lista à Câmara Municipal de Beja, afirmou ao Avante! que a CDU quer ganhar as eleições autárquicas de 29 de Setembro para «afirmar Beja» na região e no País. Este é um projecto, sublinhou o candidato, para desenvolver com as pessoas e para as pessoas, trabalhando com todos, independente do seu quadrante político.

Beja poderá ser um pólo turístico por excelência

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«É preciso afirmar Beja, enquanto capital de distrito, porque tem muitas potencialidades que temos que fazer sobressair», salienta João Rocha, referindo-se, por exemplo, à agricultura, que «vai ter», com a CDU, «um papel fundamental, porque o concelho tem uma enorme mancha de solo» que é preciso valorizar, de forma a «criar mais condições para haver novas culturas, o que vai atrair novos investimentos».

Paralelamente, reforça, «Beja tem um Parque de Feiras e Exposições, a Expobeja, com qualidade», sendo necessário «utilizar esta infraestrutura para contribuir e ajudar as actividades económicas», potenciando e dinamizando aquele espaço através de novos eventos «que ultrapassem o concelho» e que sejam, efectivamente, «de cariz regional ou nacional».

A somar a tudo isto, «há o Instituto Politécnico de Beja, a Escola Superior Agrária, o CEBAL [unidade de investigação e desenvolvimento, que tem por objectivo primeiro o exercício e a promoção da investigação no campo da biotecnologia]» que «podem contribuir para o desenvolvimento do Alentejo», com a Câmara Municipal a exercer uma «influência activa». «Também aqui se pode fazer convergir forças», sublinha João Rocha.


Falta de acessibilidades


Referindo-se às acessibilidades, o cabeça de lista da CDU à Câmara de Beja não esquece o IP8/A26 (auto-estrada do Baixo Alentejo), obra que está paralisada por decisão do actual Governo PSD/CDS, o que provoca grande insegurança às populações e aos condutores. «É lamentável que aquele projecto esteja parado», critica João Rocha, frisando que esta situação também «prejudica a economia local». «Havendo novas culturas, há uma série de produtos que podem ser exportados. Mas para isso acontecer é preciso haver acessibilidades», lembra, acrescentando: «O Aeroporto de Beja também pode ser um centro de mercadorias, para levar os nossos produtos para diversos pontos do mundo».

Sobre esta situação, recorde-se o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja condenou os antigos ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e do Ambiente, Assunção Cristas, a pagar multas diárias de 43,65 euros até que sejam tomadas medidas que garantam a segurança dos que usam aquela via.


Descentralização cultural


A CDU tem ainda propostas para a área da cultura e do património, havendo a necessidade de os equipamentos funcionarem de facto, o que com a gestão PS não acontece. Neste sentido, é indispensável promover a participação do movimento associativo e aproveitar a enorme mais-valia que são as associações e os agentes culturais na produção de eventos, com uma descentralização cultural para as freguesias rurais.

«Beja poderá ser um pólo turístico por excelência», diz o candidato à Câmara Municipal, destacando ainda a necessidade de dar vida à cidade, estimulando a população a sair e a usufruir dos espaços públicos, assim como do património.



É fundamental ouvir as pessoas


Para esta campanha eleitoral, e com o objectivo de construir o programa eleitoral autárquico, a CDU está ainda a realizar diversos contactos com, entre muitas outros, as associações, instituições, agricultores e freguesias do concelho, de forma a construir propostas participadas, que vão ao encontro das necessidades das populações.

«É fundamental ouvir as pessoas, para que participem naquilo que acontece no concelho. O trabalho de um eleito, seja numa Junta de Freguesia ou numa Câmara Municipal, é estar perto das pessoas, e fazer tudo o que estiver ao seu alcance para resolver os problemas existentes», sublinha o candidato.

À pergunta: «E qual será a tua primeira medida quando fores eleito presidente da Câmara de Beja?», João Rocha responde sem hesitações – «Vou contactar com os trabalhadores do município, de forma a que possamos estar todos ganhos para ajudar o nosso concelho. Beja precisa de ter um papel preponderante e assumir a liderança neste distrito».




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Trabalhar com as pessoas

 

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As políticas seguidas pelos sucessivos governos há muito que estão a provocar o agravamento da desertificação do interior, a ruína da economia e o aumento do desemprego, que atinge particularmente a juventude. No Alentejo, há muitos anos que se sente estes problemas de forma agravada.

No entanto, há quem trabalhe e lute para minimizar e inverter os impactos desta política devastadora, investindo nas pessoas, valorizando o espaço público, atraindo empresas, para criar mais postos de trabalho. Áreas de intervenção que não estão desligadas de outras, como o ordenamento e gestão do território, as políticas de acção social, saúde, habitação, educação, desporto e cultura.

Fomos conhecer melhor esta realidade, reflectida nos concelhos de Moura, Serpa e Santiago do Cacém, assim como em outros onde a gestão das autarquias é de maioria CDU. Ao Avante!, Santiago Macias, Tomé Pires e Álvaro Beijinha, cabeças de lista às suas respectivas autarquias, falaram-nos do ataque de que as autarquias têm sido alvo, com a redução de freguesias, a alteração da Lei das Finanças Locais, a destruição de emprego público, o roubo do direito à saúde, à mobilidade e à educação. Tudo imposições da troika estrangeira, com a assinatura da nacional (PS, PSD e CDS). Aos seus munícipes, deixaram ainda uma certeza: vão continuar a defender os direitos e interesses da população.

O nosso jornal falou ainda com João Rocha, primeiro da lista da CDU à Câmara de Beja, que promete «afirmar» o concelho na região e no País.

Daí a importância destas eleições. Mais CDU significará mais capacidade de resolução dos problemas locais e mais força aos que lutam por uma política alternativa, patriótica e de esquerda, que abra caminho a uma vida digna e a um futuro com segurança.


«Sempre mais, sempre para melhor»

Em Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha é o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal. A sua candidatura é o culminar do trabalho que tem vindo a exercer ao longo dos últimos oito anos enquanto vereador, e que lhe permitiu adquirir a experiência e o conhecimento profundo do Poder Local, do concelho e da região. «Assumi, com grande sentido de responsabilidade, o desafio que me foi lançado, tendo em conta o legado que a CDU tem tido neste concelho. Vamos continuar a merecer a confiança do povo, que, infelizmente, fruto das políticas nacionais, vive com grandes dificuldades», disse, ao Avante!, o candidato, salientando: «Temos capacidade para fazer o melhor para a população de Santiago do Cacém».

CDU é fundamental em Moura

«Espero que o concelho ganhe, sobretudo, em capacidade atractiva e que tenha mais população, o que já será uma grande vitória», afirmou, em conversa com o Avante!, Santiago Macias, militante do PCP, actual vereador e cabeça de lista à Câmara Municipal de Moura. O candidato, com 49 anos, é investigador da Universidade de Coimbra e membro da direcção do Campo Arqueológico de Mértola, projecto ao qual está ligado desde 1993. É, desde 2003, responsável pelas escavações arqueológicas no Castelo de Moura.

Na apresentação da sua candidatura, assim como de José Pós-de-Mina, actual presidente da autarquia, à Assembleia Municipal, a CDU considerou que «estão criadas condições para o prosseguimento e a melhoria da obra realizada no concelho de Moura».

Trabalhar para criar mais emprego

Serpa situa-se no Baixo Alentejo, no distrito de Beja, na margem esquerda do Rio Guadiana, ocupando uma área de 1106,5 km2, distribuída ainda por sete freguesias: Brinches, Pias, S. Salvador, Santa Maria, Vale de Vargo, Vila Nova de S. Bento e Vila Verde de Ficalho.

Dentro das muralhas, no centro histórico, encontrámos uma cidade linda, onde o presente se confunde com o passado, olhando, bem de perto, para o futuro. Até lá chegar o cenário é bem diferente, mas não menos encantador, com extensas planícies, a perder de vista.

Chegando à Praça da República, o «coração» da cidade, fomos encontrar Tomé Pires, 36 anos, engenheiro técnico civil, actual presidente da Câmara de Serpa, que, em 2012, substituiu João Rocha. Em conversa com o Avante!, o também primeiro candidato da CDU àquela autarquia falou-nos do projecto político que, desde 1976, transformou os destinos daquele concelho, colocando-o num patamar elevado de qualidade de vida.

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