Afirmar Beja
Beja poderá ser um pólo turístico por excelência
«É preciso afirmar Beja, enquanto capital de distrito, porque tem muitas potencialidades que temos que fazer sobressair», salienta João Rocha, referindo-se, por exemplo, à agricultura, que «vai ter», com a CDU, «um papel fundamental, porque o concelho tem uma enorme mancha de solo» que é preciso valorizar, de forma a «criar mais condições para haver novas culturas, o que vai atrair novos investimentos».
Paralelamente, reforça, «Beja tem um Parque de Feiras e Exposições, a Expobeja, com qualidade», sendo necessário «utilizar esta infraestrutura para contribuir e ajudar as actividades económicas», potenciando e dinamizando aquele espaço através de novos eventos «que ultrapassem o concelho» e que sejam, efectivamente, «de cariz regional ou nacional».
A somar a tudo isto, «há o Instituto Politécnico de Beja, a Escola Superior Agrária, o CEBAL [unidade de investigação e desenvolvimento, que tem por objectivo primeiro o exercício e a promoção da investigação no campo da biotecnologia]» que «podem contribuir para o desenvolvimento do Alentejo», com a Câmara Municipal a exercer uma «influência activa». «Também aqui se pode fazer convergir forças», sublinha João Rocha.
Falta de acessibilidades
Referindo-se às acessibilidades, o cabeça de lista da CDU à Câmara de Beja não esquece o IP8/A26 (auto-estrada do Baixo Alentejo), obra que está paralisada por decisão do actual Governo PSD/CDS, o que provoca grande insegurança às populações e aos condutores. «É lamentável que aquele projecto esteja parado», critica João Rocha, frisando que esta situação também «prejudica a economia local». «Havendo novas culturas, há uma série de produtos que podem ser exportados. Mas para isso acontecer é preciso haver acessibilidades», lembra, acrescentando: «O Aeroporto de Beja também pode ser um centro de mercadorias, para levar os nossos produtos para diversos pontos do mundo».
Sobre esta situação, recorde-se o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja condenou os antigos ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e do Ambiente, Assunção Cristas, a pagar multas diárias de 43,65 euros até que sejam tomadas medidas que garantam a segurança dos que usam aquela via.
Descentralização cultural
A CDU tem ainda propostas para a área da cultura e do património, havendo a necessidade de os equipamentos funcionarem de facto, o que com a gestão PS não acontece. Neste sentido, é indispensável promover a participação do movimento associativo e aproveitar a enorme mais-valia que são as associações e os agentes culturais na produção de eventos, com uma descentralização cultural para as freguesias rurais.
«Beja poderá ser um pólo turístico por excelência», diz o candidato à Câmara Municipal, destacando ainda a necessidade de dar vida à cidade, estimulando a população a sair e a usufruir dos espaços públicos, assim como do património.
É fundamental ouvir as pessoas
Para esta campanha eleitoral, e com o objectivo de construir o programa eleitoral autárquico, a CDU está ainda a realizar diversos contactos com, entre muitas outros, as associações, instituições, agricultores e freguesias do concelho, de forma a construir propostas participadas, que vão ao encontro das necessidades das populações.
«É fundamental ouvir as pessoas, para que participem naquilo que acontece no concelho. O trabalho de um eleito, seja numa Junta de Freguesia ou numa Câmara Municipal, é estar perto das pessoas, e fazer tudo o que estiver ao seu alcance para resolver os problemas existentes», sublinha o candidato.
À pergunta: «E qual será a tua primeira medida quando fores eleito presidente da Câmara de Beja?», João Rocha responde sem hesitações – «Vou contactar com os trabalhadores do município, de forma a que possamos estar todos ganhos para ajudar o nosso concelho. Beja precisa de ter um papel preponderante e assumir a liderança neste distrito».