CDU aposta no desenvolvimento de Santiago do Cacém

«Sempre mais, sempre para melhor»

Em Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha é o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal. A sua candidatura é o culminar do trabalho que tem vindo a exercer ao longo dos últimos oito anos enquanto vereador, e que lhe permitiu adquirir a experiência e o conhecimento profundo do Poder Local, do concelho e da região. «Assumi, com grande sentido de responsabilidade, o desafio que me foi lançado, tendo em conta o legado que a CDU tem tido neste concelho. Vamos continuar a merecer a confiança do povo, que, infelizmente, fruto das políticas nacionais, vive com grandes dificuldades», disse, ao Avante!, o candidato, salientando: «Temos capacidade para fazer o melhor para a população de Santiago do Cacém».

Vamos ter que encontrar novas soluções para os problemas novos

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Na carta aos munícipes afirmas que a tua candidatura é «o culminar do trabalho autárquico» que tens vindo a exercer. O que poderá acrescentar Álvaro Beijinha a este projecto, reconhecido por todos?

 

Este é um projecto de continuidade da CDU. Vítor Proença foi um excelente presidente, e até desse ponto de vista as minhas responsabilidades são acrescidas. O que eu quero acrescentar são as minhas ideias, compartilhadas com todos, neste projecto colectivo, como é o nosso. Fruto das dificuldades que enfrentamos, vamos ter que encontrar novas soluções para os problemas novos.

 

Prometes, de igual forma, fazer tudo para atrair mais investimento para combater o desemprego e criar mais postos de trabalho. Como é que a CDU vai conseguir o que o Poder Central tanto tem vindo a atacar?

 

Aqui não vamos ter nenhuma troika e queremos continuar a fazer investimento público, dentro do que são as nossas limitações, que também são muitas, porque, infelizmente, os sucessivos governos têm-nos retirado capacidade de investir, retendo verbas e não cumprindo a Lei das Finanças Locais (com um corte de seis milhões de euros). Por outro lado, aquilo que se perspectiva com a discussão da nova Lei das Finanças Locais é que os cortes vão continuar e serão significativamente maiores (um corte de cinco milhões de euros, a acrescer aos cortes anteriores).

A CDU, em Santiago do Cacém, tem seguido uma política, ao longo das últimas décadas, que contraria a realidade do Alentejo, porque temos uma rede de seis parques empresariais espalhados por todo o concelho. Neste sentido, temos que continuar a potenciar essas zonas de acolhimento empresarial e, por outro lado, tirar partido da Plataforma Portuária e Energética de Sines.

 

Mas de que forma?

 

Nesta altura de crise, queremos dar uma nova dinâmica ao Gabinete de Apoio ao Empresário e vamos, até ao final do mandato, inaugurar, em Vila Nova de Santo André, o Centro de Acolhimento a Empresas, espaço que está pensado para acolher jovens empresários.

Depois, em tudo o que tem a ver com o licenciamento urbanístico, tentamos ser o mais ágeis possíveis. Vamos muito ao encontro do que os empresários querem, que é rapidez. Nós temos uma atitude pro-activa, inclusive junto das outras entidades que também são envolvidas nestes processos. Quem quer investir em Santiago sabe que tem aqui alguém que o acolhe e que é um parceiro. Neste sentido, vamos continuar a potenciar os nossos parques industriais.

Só neste mandato que passou, uma fábrica que abriu no Cercal, de lenha compressa para lareiras, fez um investimento de 10 milhões de euros, tendo criado mais de 40 postos de trabalho directos. Foi também inaugurado um lagar, em Alvalade, num investimento de oito milhões de euros, e vários hotéis rurais, de qualidade.

Fazemos investimento público, para proporcionar investimento privado, que se traduza em postos de trabalho.

 

E o agro-negócio tem alguma expressão no concelho?

 

Existe uma cooperativa de produtores de tomate em Alvalade que é, a nível de produtividade, por hectare, uma das maiores do mundo. Nos cereais e no arroz também temos alguma expressão. A nível pecuário, temos o maior centro de inseminação artificial, o maior aviário do País e um dos maiores da Europa, que emprega muitas pessoas.

 

Não estando o programa da CDU fechado, quais serão as prioridades para Santiago do Cacém?

 

Para além da criação de emprego, o que nos está a preocupar são as questões sociais. Nós damos refeições a todas as crianças do Ensino Básico e pré-escolar. Temos uma rede de transportes escolares para que ninguém tenha que andar a pé. Os pais não pagam os prolongamentos dos horários no pré-escolar e no primeiro ciclo, ao contrário na maioria dos concelhos deste país, e temos programas de apoio para obras nas habitações das pessoas com dificuldades económicas. Este é um trabalho social que vamos ter que reforçar, infelizmente.

Depois, em épocas de crise, muitos municípios cortam na cultura. O Estado investe «zero» aqui no concelho. O pouco que apoiava, deixou de o fazer. Nós não. O acesso à cultura é que faz com que as sociedade se desenvolvam.

Na educação, está em cima da mesa o encerramento de mais duas escolas rurais, uma delas na Freguesia de Santo André. Nós somos completamente contra o encerramento de escolas. Queremos continuar a apostar na educação e na juventude.

 

E os projectos estruturantes?

 

Obviamente que não vai haver condições financeiras, como houve no passado, para grandes obras. No entanto, vamos continuar a apostar na requalificação das cidades.

Fizemos um grande investimento em Vila Nova de Santo André, cerca de cinco milhões de euros, neste mandato, na qualificação de uma cidade construída de raiz há mais de 30 anos, e, agora, queremos continuar o que ainda falta fazer. Em Santiago do Cacém também realizámos um grande investimento na recuperação do centro histórico.

De igual forma, vamos continuar a qualificação das nossas aldeias. O nosso projecto é de combate às assimetrias. Temos de apostar na conservação daquilo que já fizemos ao longo destes mais de 30 anos. O que queremos é um concelho para todos, «Sempre mais, sempre para melhor», como diz o lema da nossa campanha.

 

Quais as consequências, por exemplo, da extinção de freguesias neste concelho. E que medidas tomará a autarquia para minimizar as consequências desta medida?

 

Vamos manter as «delegações» e trabalhar como se as 11 freguesias continuassem a existir. Este é um processo contra as populações, contra os órgãos locais, e, naturalmente, tudo o que estiver ao nosso alcance para minimizarmos esta medida nós vamos fazê-lo, inclusivamente, se necessário, até reforçar o apoio para que as pessoas não se sintam abandonadas.

 

Porque a CDU vai reforçar a sua votação em Santiago do Cacém, como vês o concelho daqui a quatro anos?

 

Vou vê-lo, certamente, mais desenvolvido, onde as pessoas se sentem melhor e com mais orgulho em viver neste concelho. Nós não somos daqueles que trabalhamos a pensar nos actos eleitorais, com obras de fachada e grandes inaugurações em cima das eleições. Aliás, o grande volume de investimento que a Câmara fez está feito há meses, e naturalmente que nós também não paramos nas alturas das eleições. Acreditamos que a CDU é o melhor projecto político para as pessoas.

 


Excerto da intervenção de Jerónimo de Sousa na apresentação dos candidatos da CDU

Garantir o bem-estar

 

«(...) Estamos certos de que a CDU verá, mais uma vez, confirmada a confiança das populações. Uma confiança que a CDU nunca frustrou em todos os que ao longo de sucessivos mandatos deram à CDU a responsabilidade maior de garantir o bem-estar e o desenvolvimento deste concelho e que agora tem todas as razões para se reforçar pelo trabalho realizado, apesar dos constrangimentos provocados pela crise e pelas políticas recessivas centrais e de ataque ao Poder Central».




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Trabalhar com as pessoas

 

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As políticas seguidas pelos sucessivos governos há muito que estão a provocar o agravamento da desertificação do interior, a ruína da economia e o aumento do desemprego, que atinge particularmente a juventude. No Alentejo, há muitos anos que se sente estes problemas de forma agravada.

No entanto, há quem trabalhe e lute para minimizar e inverter os impactos desta política devastadora, investindo nas pessoas, valorizando o espaço público, atraindo empresas, para criar mais postos de trabalho. Áreas de intervenção que não estão desligadas de outras, como o ordenamento e gestão do território, as políticas de acção social, saúde, habitação, educação, desporto e cultura.

Fomos conhecer melhor esta realidade, reflectida nos concelhos de Moura, Serpa e Santiago do Cacém, assim como em outros onde a gestão das autarquias é de maioria CDU. Ao Avante!, Santiago Macias, Tomé Pires e Álvaro Beijinha, cabeças de lista às suas respectivas autarquias, falaram-nos do ataque de que as autarquias têm sido alvo, com a redução de freguesias, a alteração da Lei das Finanças Locais, a destruição de emprego público, o roubo do direito à saúde, à mobilidade e à educação. Tudo imposições da troika estrangeira, com a assinatura da nacional (PS, PSD e CDS). Aos seus munícipes, deixaram ainda uma certeza: vão continuar a defender os direitos e interesses da população.

O nosso jornal falou ainda com João Rocha, primeiro da lista da CDU à Câmara de Beja, que promete «afirmar» o concelho na região e no País.

Daí a importância destas eleições. Mais CDU significará mais capacidade de resolução dos problemas locais e mais força aos que lutam por uma política alternativa, patriótica e de esquerda, que abra caminho a uma vida digna e a um futuro com segurança.


CDU é fundamental em Moura

«Espero que o concelho ganhe, sobretudo, em capacidade atractiva e que tenha mais população, o que já será uma grande vitória», afirmou, em conversa com o Avante!, Santiago Macias, militante do PCP, actual vereador e cabeça de lista à Câmara Municipal de Moura. O candidato, com 49 anos, é investigador da Universidade de Coimbra e membro da direcção do Campo Arqueológico de Mértola, projecto ao qual está ligado desde 1993. É, desde 2003, responsável pelas escavações arqueológicas no Castelo de Moura.

Na apresentação da sua candidatura, assim como de José Pós-de-Mina, actual presidente da autarquia, à Assembleia Municipal, a CDU considerou que «estão criadas condições para o prosseguimento e a melhoria da obra realizada no concelho de Moura».

Trabalhar para criar mais emprego

Serpa situa-se no Baixo Alentejo, no distrito de Beja, na margem esquerda do Rio Guadiana, ocupando uma área de 1106,5 km2, distribuída ainda por sete freguesias: Brinches, Pias, S. Salvador, Santa Maria, Vale de Vargo, Vila Nova de S. Bento e Vila Verde de Ficalho.

Dentro das muralhas, no centro histórico, encontrámos uma cidade linda, onde o presente se confunde com o passado, olhando, bem de perto, para o futuro. Até lá chegar o cenário é bem diferente, mas não menos encantador, com extensas planícies, a perder de vista.

Chegando à Praça da República, o «coração» da cidade, fomos encontrar Tomé Pires, 36 anos, engenheiro técnico civil, actual presidente da Câmara de Serpa, que, em 2012, substituiu João Rocha. Em conversa com o Avante!, o também primeiro candidato da CDU àquela autarquia falou-nos do projecto político que, desde 1976, transformou os destinos daquele concelho, colocando-o num patamar elevado de qualidade de vida.

Afirmar Beja

João Rocha, cabeça de lista à Câmara Municipal de Beja, afirmou ao Avante! que a CDU quer ganhar as eleições autárquicas de 29 de Setembro para «afirmar Beja» na região e no País. Este é um projecto, sublinhou o candidato, para desenvolver com as pessoas e para as pessoas, trabalhando com todos, independente do seu quadrante político.

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