Não à privatização dos CTT
O PCP expressou o seu «total desacordo» quanto à decisão do Governo de privatizar os CTT e reafirmou que tudo fará para travar esta medida que considera lesiva do País, dos direitos dos trabalhadores e das populações.
Esta posição foi assumida na passada sexta-feira pela deputada comunista Paula Santos numa declaração onde evidenciou a absoluta dissonância entre o que o Governo diz e o que faz. É que fala «num novo ciclo para o País, na retoma da actividade económica» e, simultaneamente, avança com a privatização dos CTT que vai exactamente em sentido oposto ao desiderato anunciado.
A deputada do PCP lembra ainda que os Correios constituem um «serviço público essencial» e que esta é uma «actividade económica estratégica, que deve estar ao serviço dos interesses do povo e do País».
Verberado com dureza é assim o propósito de privatizar uma empresa lucrativa, entregando esses «recursos públicos de bandeja aos grupos económicos».
Paula Santos apela por fim à continuidade da luta dos trabalhadores e das populações na defesa do serviço público postal, na linha das múltiplas acções desenvolvidas em vários pontos do País contra o encerramento de estações e postos dos CTT, em defesa do serviço público postal. Exemplos destas movimentações e lutas foram aliás relatados na recente audição pública promovida pelo PCP na AR, tema de que falaremos em próxima edição.