A marcação pelos sindicatos da CGTP-IN (STML e STAL) de uma greve alternada na Câmara Municipal de Lisboa, que no dia 14 iria reunir todos os sectores, «teve efeitos praticamente imediatos, obrigando o presidente António Costa a convocar uma reunião formal», realizada no dia 3, na qual expressou oficialmente as suas posições sobre a transferência de competências e de pessoal para as juntas de freguesia, «através de um documento assinado pelo próprio, onde assume importantes compromissos».
Na informação, publicada dia 7 no sítio do STML, foi comunicado que os sindicatos, «após ouvirem os trabalhadores, nos plenários gerais do dia 6 de Junho, decidiram suspender o pré-aviso de greve», mas «o processo de luta foi apenas adiado, não está concluído».
O presidente da CML assumiu, entre outros compromissos, que nenhuma competência será transferida para as juntas de freguesia antes de Janeiro de 2014, não haverá qualquer contacto neste sentido antes das próximas eleições e não se verificará neste momento nenhuma alteração nos serviços municipais e respectivos trabalhadores e meios patrimoniais; decorrerão negociações para salvaguarda dos direitos e remunerações dos trabalhadores; a mobilidade especial não será aplicada em qualquer circunstância; e não estará em cima da mesa qualquer processo que indicie uma eventual privatização de serviços municipais.
«A partir de Outubro, teremos seguramente que dar força às posições dos sindicatos, que serão apresentadas à mesa da negociação e nesse contexto, a luta dos trabalhadores da CML será determinante» para «a salvaguarda dos interesses e das aspirações de quem trabalha e, simultaneamente, a defesa do posto de trabalho e do serviço público municipal», alerta-se na informação sindical.

Fabor

Após uma concentração, no dia 30, em Santo Tirso, junto às instalações da Fabor, que integra a direcção da associação patronal das indústrias químicas, a empresa mostrou disponibilidade para se reunir com a Fiequimetal/CGTP-IN depois do dia 10 de Junho, revelou o SITE Norte. Dirigentes, delegados e activistas do sindicato foram protestar contra o roubo dos feriados e exigir a negociação do contrato colectivo de trabalho e actualização dos salários. «As pressões exercidas pelos sindicatos e pelos trabalhadores resultaram».

Valorsul

Os trabalhadores da Valorsul decidiram realizar uma greve, das zero horas de anteontem às oito horas de ontem, informou o SITE CSRA, após os plenários realizados dia 7. A luta realiza-se contra os cortes e o congelamento dos salários e das carreiras profissionais; pelo pagamento do trabalho suplementar e o cumprimento do Acordo de Empresa; contra a privatização da empresa; contra a política de «austeridade». «Por estas razões e pelos objectivos definidos pelo Conselho Nacional da CGTP-IN, os trabalhadores reafirmaram que vão participar na greve geral de 27 de Junho», refere o sindicato.

Europac

Com elevada adesão no sector produtivo, os trabalhadores da Europac Embalagem fizeram greve no dia 30 de Maio, por aumento salarial digno e para todos, e mantêm a recusa do trabalho extraordinário. Num comunicado dos sindicatos da Fiequimetal (SITE CSRA e SITE Norte), distribuído na semana passada, nas fábricas de Albarraque, Marrazes e Guilhabreu, refere-se que a posição da administração na negociação da revisão do acordo de empresa vai ser analisada em plenários de trabalhadores e reuniões de representantes, onde serão debatidas as medidas a tomar, bem como a mobilização para a greve geral de 27 de Junho. A empresa decidiu um aumento de 1,2 por cento no salário-base, excluindo os trabalhadores de Albarraque.