Conferência pela igualdade
Com a preparação da greve geral em pano de fundo, a par das demais lutas contra os principais motivos que levaram à convocação da jornada de 27 de Junho, realizou-se no dia 4, em Lisboa, a 6.ª Conferência da CGTP-IN sobre Igualdade entre Mulheres e Homens, sob o lema «Em luta pela mudança – Igualdade! Confiança! Emprego, salários, direitos». Ao longo do dia, no auditório do Instituto Francês de Portugal, as delegadas e delegados à conferência e dirigentes da central e dos sindicatos analisaram o trabalho realizado nesta área, nos últimos quatro anos, aprovaram o plano de acção para o período até 2017 e elegeram a Comissão (CIMH) que vai dirigir a actividade nestes quatro anos.
No encerramento, o Secretário-geral da CGTP-IN falou sobre a actualidade político-sindical, destacando a preparação da greve geral e a necessidade de prosseguir a luta pela igualdade no mundo do trabalho.
Na «carta reivindicativa imediata», aprovada na conferência, afirma-se que a actual situação social e laboral se torna insustentável, devido a três grandes causas: a degradação das condições de vida e de trabalho, acompanhada de crescentes retrocessos e uma forte ofensiva ideológica, em matéria de igualdade de oportunidades e de tratamento; o alargamento das discriminações; e a acentuação da exploração, do desemprego, do empobrecimento e da pobreza.
Exige-se «a promoção do emprego com direitos, nos sectores privado, público e empresarial do Estado, através da dinamização do sector produtivo nacional, do investimento público e privado e do reforço dos serviços públicos, com a manutenção e criação de novos postos de trabalho, salvaguardando o princípio da igualdade de oportunidades e de tratamento no acesso ao trabalho e na progressão no emprego».
A par das principais reivindicações da Intersindical Nacional, na carta reclama-se «efectivo combate às desigualdades salariais nas remunerações fixas, ocasionais ou variáveis, entre mulheres e homens», e horários de trabalho que «garantam às trabalhadoras e aos trabalhadores, nas empresas e serviços, uma efectiva conciliação entre o trabalho e a vida familiar e pessoal, com a defesa das 35 horas de trabalho semanal, sem perdas salariais».