Solvay tem que ficar
«A fábrica da Solvay deve continuar em Portugal, onde permanece há 75 anos», defendeu a Fiequimetal/CGTP-IN, reagindo às notícias que, no dia 5, davam conta da intenção da multinacional de encerrar a unidade de carbonato de sódio, na Póvoa de Santa Iria. Está em causa, alertou a federação, «mais uma fábrica do nosso tecido produtivo», e estão ameaçados «os postos de trabalho de 90 trabalhadores efectivos, mais cerca de 200 que ali laboram em regime de outsourcing».
Ao divulgar o plano através da comunicação social, apresentando-o aos trabalhadores como um facto consumado, a Solvay desmentiu a imagem de empresa social e ambientalmente responsável. Por outro lado, refere-se ainda no comunicado da Fiequimetal, «ao transferir a produção de Portugal para outros países, não porque a fábrica dê prejuízo, mas para “melhorar os seus resultados” – e quando reforça a liderança mundial, precisamente no carbonato de sódio –, está a desrespeitar o País que a acolheu e onde, ao longo de mais de 75 anos, explorando a matéria-prima e os trabalhadores, obteve os lucros que lhe permitiram atingir a dimensão que hoje tem».
O problema foi colocado no Parlamento Europeu, esta semana, por Inês Zuber, deputada do PCP.