A propaganda de Gaspar
Mais um acto de pura «propaganda», assim avalia o PCP a conferência de imprensa do ministro de Estado e das Finanças realizada há oito dias, na qual foi por este anunciado ter chegado o «momento do investimento».
«O investimento por parte das empresas só se concretizará se houver a expectativa de que aumentará a procura. Essa expectativa não existe porque o Governo aplicou ao longo dos últimos dois anos um conjunto muito duro de medidas de austeridade», referiu o deputado comunista Paulo Sá na Assembleia da República.
Lembrou, nomeadamente, que o Executivo de Passos e Portas ainda há pouco tempo anunciou um novo pacote de austeridade, «contribuindo para reduzir o rendimento disponível dos portugueses», pelo que, antevê, «o investimento que o Governo espera não se concretizará».
«As empresas não têm a quem vender os seus bens ou serviços e, portanto, não irão fazer o investimento que o Governo espera que elas façam», sublinhou Paulo Sá, encarando toda esta operação como um «filme já visto antes».
Vítor Gaspar, que estava acompanhado do ministro da Economia, recorde-se, disse acreditar que o Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento (CFEI) poderá, no limite, reduzir às empresas que invistam «de forma expressiva em 2013» a taxa efectiva de IRC para 7,5% face aos actuais 25%.