Reembolso de PPR no crédito à habitação

Está em comissão parlamentar, depois de aprovado na generalidade dia 17, o projecto de lei conjunto subscrito pelo PCP, BE, PS, PSD e CDS-PP que visa permitir o reembolso do valor de planos poupança para pagamento de contratos de crédito à habitação. Trata-se no fundo de definir as condições em que os titulares de planos de poupança de reforma ou de educação (PPR e PPE) podem ser resgatados para pagamento de prestações do crédito à habitação. Esta iniciativa surgiu como resposta às dúvidas de interpretação levantadas pela banca após a lei aprovada por unanimidade pela AR em Setembro do ano passado e publicada em Novembro (Lei n.º 57/2012) que veio permitir esse reembolso dos planos de poupança para pagamento de prestações de crédito à habitação.

Relevante no articulado do diploma é a «proibição de alteração das condições do contrato de crédito à habitação» por parte dos bancos que são confrontados com estas situações, nomeadamente quanto ao spread cobrado ao cliente. Vedada é ainda a «cobrança de comissões pelo reembolso» quer pelo banco quer pela seguradora.

Já os diplomas do PCP e do BE que pretendiam ir mais longe e permitir simultaneamente o reembolso do valor de planos de poupança para amortizar capital de crédito à habitação, esses, foram chumbados pela maioria PSD/CDS-PP.

Num quadro de baixa acentuada de rendimentos das famílias, como salientou o deputado comunista Paulo Sá, o recurso a este mecanismo proposto pelo PCP – amortizar parte do capital em dívida – permitiria reduzir as prestações mensais para «valores compatíveis» com o rendimento disponível, diminuindo assim o risco de incumprimento e, consequentemente, o risco de perder a habitação. A tão longe não chegou, porém, a «sensibilidade» da maioria governamental.




Mais artigos de: Assembleia da República

Entre a “marretada” e a “punhalada”

Os reformados e pensionistas (a par dos trabalhadores) continuam a ser o alvo privilegiado dos ataques do Governo. Têm por isso razões de sobra para não dormir descansados.

Libertar o País do espartilho

O PCP reiterou a sua posição «contrária à moeda única», defendendo que o País deve prevenir a possibilidade de saída do euro, seja por opção própria ou por imposição alheia.

Sempre a atacar os mais pobres

O encargo com protecção social no nosso País fica abaixo da média europeia, apesar de os níveis de pobreza serem consideravelmente superiores.

A propaganda de Gaspar

Mais um acto de pura «propaganda», assim avalia o PCP a conferência de imprensa do ministro de Estado e das Finanças realizada há oito dias, na qual foi por este anunciado ter chegado o «momento do investimento». «O investimento por parte das empresas só se...

Não às portagens

Foi publicada no dia 13 em Diário da República a resolução da AR na qual se recomenda ao Governo o «fim das portagens» nas antigas SCUT de Aveiro, nomeadamente a retirada do designado «Pórtico do Estádio», junto àquela cidade. No texto recomenda-se...

Reposição do subsídio de férias

A maioria governamental aprovou dia 24, na generalidade, a proposta de lei do Governo que regula a reposição, em 2013, do subsídio de férias dos funcionários públicos e pensionistas. Todos os partidos da oposição votaram contra este texto através do qual o...

Difusão do cinema digital

Foram recentemente chumbadas pela maioria PSD/CDS-PP iniciativas legislativas pugnando pela difusão do cinema digital e modernização de espaços de projecção. Em debate estiveram projectos de resolução do BE e do PS, a par de um projecto de lei do PCP. O PS (que se...

Estabilização é urgente

Foi aprovado por unanimidade no passado dia 10 o texto apresentado pela comissão de Economia e Obras Públicas que resultou de projectos de resolução de todos os partidos com assento parlamentar tendo em vista a adopção pelo Governo de medidas para a estabilização...