Privatização dos Correios

Agravar problemas

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Alvo da crí­tica cer­rada dos de­pu­tados co­mu­nistas nas suas Jor­nadas foi também a po­lí­tica de pri­va­ti­zação e des­man­te­la­mento de ser­viços pú­blicos (e de­sig­na­da­mente do ser­viço pú­blico postal), en­ca­rada como «uma ameaça ao Alto Minho e a todo o País».

No caso da en­trega dos CTT aos pri­vados, anun­ciada pelo Go­verno para este ano, é essa es­tra­tégia que está na base da in­tenção de en­cerrar mais de 200 es­ta­ções de cor­reios, dei­xando as po­pu­la­ções ao aban­dono.

Em causa, ad­verte o PCP, está a con­fi­den­ci­a­li­dade do ser­viço postal, o pro­blema da des­truição de em­prego, a somar aos 669 postos de tra­balho já li­qui­dados na em­presa só no úl­timo ano.

Tudo isto en­quanto, foi lem­brado, os au­mentos de preços atingem ní­veis ina­cei­tá­veis, com um «au­mento médio anual de 2,9%» que es­conde um au­mento de 6,4 por cento para o cor­reio azul e de 12,5 por cento para o cor­reio normal. Ao mesmo tempo avança a di­fe­ren­ci­ação de preços pra­ti­cados, em função das re­giões ser­vidas, com ta­rifas mais baixas para cor­reio com des­tino a Lisboa ou Porto, «numa es­tra­tégia de agra­va­mento das as­si­me­trias re­gi­o­nais».

Face à gra­vi­dade da si­tu­ação – e de­pois de ter visto chum­bada a sua pro­posta para au­dição em co­missão par­la­mentar do Go­verno, da Ad­mi­nis­tração dos CTT, da ANACOM e das es­tru­turas dos tra­ba­lha­dores da em­presa –, a ban­cada do PCP re­solveu levar o as­sunto o ple­nário, de­sen­ca­de­ando para o efeito um de­bate de ur­gência po­tes­ta­tivo. Porque, ga­rantem os de­pu­tados co­mu­nistas, esta é uma «ma­téria que não pode e não irá ser si­len­ciada».

 

 



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