É fundamental trabalhar com e para as pessoas

Recuperar o orgulho e a memória de Beja

Um misto de confiança e de alegria invadiu o espírito das mais de três centenas de pessoas que assistiram, dia 23, à apresentação pública de João Rocha como cabeça de lista da CDU à Câmara de Beja.

João Rocha cabeça de lista à Câmara Municipal

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Na Casa da Cultura, João Rocha identificou um conjunto de potencialidades que o concelho de Beja possui e que, de acordo com a CDU, precisam de ser potenciadas em prol do seu desenvolvimento, nomeadamente o aeroporto, o Ensino Superior e profissional de qualidade e o Alqueva: a sua história e rico património.

Depois de elencar este rol de potencialidades, o cabeça de lista rematou dizendo que a Beja «só lhe falta uma Câmara competente», dando assim voz ao coro de protestos e críticas que se ouve no concelho, proveniente dos mais diversos quadrantes políticos, a respeito da péssima gestão do município, governado desde 2009 pelo PS.

Neste primeiro encontro com os activistas e apoiantes da CDU, pautado também pela presença de inúmeros cidadãos tradicionalmente de outros quadrantes políticos, João Rocha identificou as três grandes linhas de força do projecto autárquico da CDU, as quais passam por uma maior aposta na participação das pessoas, tendo o candidato deixado claro que «é fundamental trabalhar com e para as pessoas», pela sustentabilidade, onde a qualidade de vida seja efectiva e pelo desenvolvimento económico e social.

Perante uma plateia determinada em encontrar um novo rumo para o concelho de Beja, o candidato deixou ainda claro que a CDU cai «construir um projecto efectivo de desenvolvimento para Beja, virado para o futuro, realista e positivo».

Nesta sessão pública intervieram também João Martins, da Comissão Executiva do Partido Ecologista «Os Verdes», e João Dias Coelho, da Comissão Política do PCP.

Desafio exigente

João Dias Coelho, na sua intervenção, valorizou o passado de luta «pela democracia e liberdade» do cabeça de lista da CDU e sublinhou que a reconquista da autarquia é um desafio exigente. «Tal como no passado recente, os nossos adversários utilizarão todas as “armas” ao seu alcance para impedir que esse objectivo se concretize, contarão com forças e meios da comunicação social dominante, inventarão e estarão disponíveis para fazerem alianças espúrias ou esconder-se-ão atrás do “biombo” dos movimentos ditos independentes», advertiu o membro da Comissão Política do PCP.


João Rocha

Engenheiro Técnico de formação, João Rocha foi professor efectivo da Escola Secundária de Serpa, e Presidente da Câmara de Serpa entre Janeiro de 1980 e Novembro de 2012.

De entre os muitos prémios e reconhecimentos que encontramos no vasto currículo de João Rocha destaca-se o título de Autarca do Ano, em 2007, atribuído pelo Rádio Clube Português e pelo Jornal Destak, ou, por exemplo, o facto de ter conseguido colocar a cidade de Serpa no honroso segundo lugar dos melhores municípios para viver, galardão atribuído em 2010 pelo Instituto de Tecnologia Comportamental e pelo semanário SOL.

Ao longo da sua carreira, João Rocha assumiu também outras responsabilidades. Foi presidente do Conselho de Administração da Associação de Municípios do Distrito de Beja; presidente do Concelho da Região Alentejo; membro do Conselho Directivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses; presidente da Assembleia Geral da EDAB – Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja; presidente do Conselho de Administração da ResiAlentejo e do Conselho Executivo da Amalga – Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente.

João Rocha é membro da Direcção da Organização Regional de Beja do PCP, e um dos principais impulsionadores da Candidatura do Cante Alentejano a Património Cultural e Imaterial da Humanidade da UNESCO.
 

Presta-contas à população

A anteceder a sessão de apresentação do cabeça de lista, na Casa da Cultura de Beja decorreu o Encontro Concelhio da CDU, onde se apresentou contas do trabalho desenvolvido pelos eleitos na Câmara e Assembleia Municipal e nas juntas de freguesia de maioria CDU.

Ao longo do Encontro foram discutidas as conclusões de um conjunto de sessões temáticas, promovidas pela Coordenadora Concelhia nos últimos meses, em torno de matérias tão distintas como o desenvolvimento do território (urbano e rural), o associativismo e o desenvolvimento económico e social.

Na área do associativismo, por exemplo, foram recolhidos testemunhos de dirigentes que vivem a braços com a falta de apoio financeiro e logístico à sua actividade, por parte do município de Beja. «Bastaram três anos de executivo PS e de Pulido Valente para pôr em causa todo um trabalho de décadas», afirmou Jorge Revez, actor e dirigente do grupo de teatro Lendias D’Encantar.

Cáustico e sem meias palavras, este dirigente associativo prosseguiu a sua intervenção dizendo que o PS apostou «numa política de “eventos”, se possível com um nome inglês associado – Beja Wine Night ou Beja kids –, iniciativas folclóricas e elitistas onde foram gastas centenas de milhares de euros», tendo em simultâneo deixado definhar «à míngua financeira, as entidades que possibilitavam à população a fruição artística, o desenvolvimento cultural e a prática do desporto».

Falta de investimentos

Da mesma sorte, ou da falta dela, se queixam os eleitos nas juntas de freguesia do concelho. Após as intervenções de presta-contas apresentadas pelo vereador Vítor Picado e por Susana Correa, que interveio em nome dos eleitos na Assembleia Municipal, falou Sandra Margarida, presidente da Junta de Freguesia de Albernoa, que acusou o executivo socialista da Câmara de não ter concretizado qualquer tipo de «investimento ou obra nas freguesias» e identificou a «falta de solidariedade e de qualquer tipo de relacionamento institucional» como principal característica do relacionamento do executivo da Câmara para com os eleitos das freguesias.

Ainda acerca das freguesias, e em concreto sobre a sua extinção, interveio Álvaro Nobre, presidente da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda e dirigente distrital da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias.

Os eleitos e activistas da CDU presentes neste encontro reiteram que esta é a única força política em condições de inverter o ciclo de desastre no concelho de Beja. É com este sentido de responsabilidade que a CDU pauta a sua intervenção em defesa dos direitos e interesses de Beja e da sua população e que, com trabalho, honestidade e competência, se apresenta como projecto alternativo, baseado na seriedade política e na firme vontade de captar o contributo de todos os cidadãos.



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