Pilhagem de recursos e património
A par do roubo das pensões e reformas, o Governo está a promover um outro roubo de «proporções gigantescas» que a não ser travado terá consequências dramáticas para o País. Trata-se do roubo «daquilo que é de nós todos, património do País, as empresas do sector público e do serviço público», considerou o deputado comunista Bruno Dias.
Classificou de «vergonha nacional» o processo RTP e «essa espécie de estado de sítio não declarado» que é o desmantelamento do serviço público de rádio e televisão, a avançar pela calada e pela política dos factos consumados numa afronta à lei e à Constituição.
Verberou ainda a ameaça que apelidou de «jogo de silêncios» em torno da Caixa Geral de Depósitos, do que esta significa e de tudo «o que pode e deve representar» para o sector financeiro e para a economia nacional.
Mas o rol que integra esta política que definiu como «criminosa» não fica por aqui, com Bruno Dias a criticar o Governo por querer alienar empresas fundamentais para a economia e para a vida concreta de milhões de pessoas, para a coesão territorial e a soberania do País, como sejam a TAP, a ANA Aeroportos, os Correios, os transportes públicos.
E recusou que não haja alternativa a esta política, como afirmou o primeiro-ministro. «A alternativa a delapidar e vender a pataco é não vender», sublinhou, fazendo notar que tivesse sido a TAP privatizada e vendida aos suíços há 12 anos e hoje não existiria».