Itália pára a 13
É já na sexta-feira da próxima semana que os trabalhadores de todos os sectores de actividade em Itália estão convocados para uma paralisação geral de oito horas, contra as reformas anti-sociais e antilaborais apresentadas pelo governo de Mário Monti.
A data da jornada de greve foi anunciada, na semana passada, por Susanna Camusso, líder da maior central sindical do país, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL). Segundo Camusso, estão em causa o aumento da idade da reforma e dos anos de quotização requeridos, bem como o projecto de reforma laboral, já aprovado pelo Executivo transalpino, com o intuito de facilitar os despedimentos.
O ponto mais polémico da proposta de lei é o que elimina o artigo 18.º da actual legislação, impedindo que um trabalhador despedido sem justa causa seja reintegrado no seu posto de trabalho.
A CGIL pretende ainda que os trabalhadores se mobilizem contra o vasto pacote de austeridade que prevê cortes de mais de 30 mil milhões de euros nas despesas sociais do Estado e o aumento de impostos.