Previsões agravam cenário negro

No caminho para o desastre

As mais re­centes pre­vi­sões da Co­missão Eu­ro­peia, apon­tando para uma re­cessão no nosso País que quase du­plica o valor da que era in­di­cada há nove meses (uma con­tracção de 3,3 por cento do PIB em 2012), foram re­ce­bidas sem sur­presa pelo PCP, que con­si­dera ser esta «mais uma das etapas do ca­minho de de­sastre a que nos conduz este pro­grama de aus­te­ri­dade as­si­nado pelo PS, PSD e CDS-PP e que o Go­verno leva à prá­tica».

Re­a­gindo àquelas pre­vi­sões – Bru­xelas fala também de uma es­ti­ma­tiva que aponta para que Por­tugal tenha «a maior in­flação na Eu­ropa», a par de uma taxa de de­sem­prego que rompe também todas as pre­vi­sões pos­sí­veis, as da CE e do Go­verno –, o de­pu­tado co­mu­nista Ho­nório Novo, em de­cla­ra­ções aos jor­na­listas no Par­la­mento, afirmou que este «é o ca­minho da re­cessão, do em­po­bre­ci­mento, do de­sem­prego, da fa­lência de mi­lhares e mi­lhares de pe­quenas em­presas».

Re­a­li­dade esta que des­mente o que chamou de «fo­guetes que a mai­oria par­la­mentar e o Go­verno an­daram a atirar» a pre­texto do pseudo bom cum­pri­mento do pro­grama da troika e sobre aquilo que é uma grande exe­cução or­ça­mental re­la­tiva ao pri­meiro mês de 2012.

«Todos estes pres­su­postos, todas estas pre­vi­sões, tudo foi ul­tra­pas­sado pela ne­ga­tiva», as­se­verou, lem­brando que este quadro só pode ser in­ver­tido através de uma «al­te­ração pro­funda, uma rup­tura com­pleta com este ca­minho de aus­te­ri­dade im­posto pela troika.

O que passa, em pri­meiro lugar, enu­merou, por uma «re­ne­go­ci­ação co­man­dada por Por­tugal de toda a dí­vida do País pe­rante o es­tran­geiro e de uma clara aposta no in­ves­ti­mento e no cres­ci­mento eco­nó­mico».

«Esta, sim, é a so­lução sus­ten­tável para equi­li­brar as contas do País e para di­mi­nuir a de­pen­dência ex­terna», ga­rantiu.



Mais artigos de: Assembleia da República

Opções de classe afrouxam combate

O pro­blema cen­tral da po­lí­tica cri­minal é o com­bate à cri­mi­na­li­dade grave e com­plexa (no­me­a­da­mente eco­nó­mica e fi­nan­ceira e cor­rupção), não é o com­bate à pe­quena cri­mi­na­li­dade. Quem o diz é o PCP, que ad­verte não estar a in­ves­ti­gação cri­minal do­tada dos re­cursos ne­ces­sá­rios ao cum­pri­mento com efi­cácia da sua missão.

Perpetuar o roubo

PS, PSD e CDS-PP chum­baram o pro­jecto de lei do PCP que pre­tendia alargar as con­di­ções de acesso e atri­buição do abono de fa­mília. De novo a mais crua in­sen­si­bi­li­dade so­cial face às di­fi­cul­dades e dramas sem conta de mi­lhares e mi­lhares de fa­mí­lias a quem este di­nheiro tanta falta faz.

Ataque soez ao poder local

A mai­oria PSD/​CDS-PP aprovou, sexta-feira pas­sada, a pro­posta de lei que, sob a capa de re­forma ad­mi­nis­tra­tiva, reduz dras­ti­ca­mente o nú­mero de fre­gue­sias. Para o PCP, esta é uma ex­tinção for­çada, «contra a von­tade das po­pu­la­ções, numa ati­tude de au­to­ri­ta­rismo e de pre­po­tência».

Mau serviço às populações

Um processo construído de cima para baixo, à revelia das populações e sem qualquer apoio destas, que não resolve o crescente distanciamento entre eleitos e eleitores nem a deterioração da qualidade de vida na capital e nos bairros – assim avalia o PCP, em...

Avaliar <i>sim</i>, fechar <i>não</i>

Sem deixar de reiterar as suas preocupações e críticas ao Programa Novas Oportunidades, por considerar nomeadamente estar em causa um «processo de manipulação dos portugueses com base na desqualificação da Escola Pública» para satisfazer...

Problemas sem resposta

Sendo verdade que do regime jurídico da concorrência em vigor desde 2003 não resultou qualquer melhoria no plano do «bem-estar social» nem benefício para os consumidores (veja-se os preços da electricidade, dos combustíveis ou do gás...

Assalto às pessoas e ao País

As receitas que estão a ser aplicadas na Grécia e em Portugal são «programas de salvação do capital» à custa do afundamento e da bancarrota dos estados e da exploração dos trabalhadores». Esta é «a...

Um erro económico e social

O PCP reafirmou a sua oposição ao encerramento da Linha do Vouga e advertiu que a privatização desta via férrea representará um «negócio desastroso para o Estado e as populações». «O Estado investiu, aumentou a procura deste meio de...