Consenso sim, mas para rejeitar o pacto

O PCP comentou as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros e presidente do CDS-PP, Paulo Portas, relativas à necessidade de «estabilidade» e «consenso» em torno da política nacional. Numa declaração de Jorge Pires, da Comissão Política, proferida no dia 2, o Partido não deixou de realçar que ao contrário da estabilidade evocada pelo governante, o que se verifica é precisamente o oposto: uma «profunda instabilidade que a imposição do Pacto de Agressão está a provocar à generalidade do povo português e do País».

Esta instabilidade, precisou Jorge Pires, sente-se nos «rendimentos dos trabalhadores e nas reformas a partir do roubo dos subsídios e da desvalorização dos salários e reformas, nas possibilidades de sobrevivência de milhares de pequenas e médias empresas, vítimas de uma política que «dificulta o acesso ao crédito e eleva a carga fiscal a níveis insuportáveis». Uma instabilidade que, acrescentou, «ameaça comprometer irremediavelmente as perspectivas de desenvolvimento económico do País».

Para os comunistas, o consenso que se impõe construir e em torno do qual se deve unir os portugueses é o do «desenvolvimento da luta pela rejeição do pacto de agressão, a que os trabalhadores e o povo estão sujeitos neste momento, e não pela insistência no caminho da dependência e submissão que está a conduzir o País para o abismo».

Entendendo as afirmações de Paulo Portas como fazendo parte de uma campanha que visa promover a ideia de que na actual situação económica do País as medidas que nos estão a ser impostas são inevitáveis, Jorge Pires destacou que o desenvolvimento da luta de massas, particularmente a greve geral, dará a «resposta adequada».

Como as declarações do presidente do CDS surgiram de um comentário ao referendo previsto para a Grécia, Jorge Pires aproveitou a ocasião para reafirmar a solidariedade do PCP para com os trabalhadores e o povo gregos e, especialmente, para os comunistas daquele país.



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