IVA nas actividades desportivas

Obstáculo e desincentivo

O PCP voltou a exigir a anulação do aumento do IVA decretado pelo anterior Governo, com a conivência do PSD, de 6 para 23 por cento na prática de actividades físicas e desportivas. O seu agravamento constituiu um desincentivo e mesmo um obstáculo à prática desportiva, considerou o deputado comunista Paulo Sá em recente debate parlamentar centrado numa petição sobre esta matéria dinamizada pela Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal.

Para esta entidade, que arrancou ainda em 2010 com a petição que viria a ser subscrita por mais de nove mil cidadãos, a medida governamental teve sérias repercussões em termos do número de pessoas a praticar regular exercício físico, estimando na altura que várias dezenas de milhares tenham abandonado num curto espaço de tempo os ginásios.

Reafirmado pelo deputado comunista Paulo Sá foi ainda o princípio inteiramente assumido pela sua bancada de que a educação física e o desporto são um elemento fundamental no desenvolvimento do indivíduo, em toda a sua plenitude, tendo ainda um papel crucial enquanto factor de democratização da vida social.

Daí a importância que na perspectiva do PCP adquire o fomento e o desenvolvimento da prática desportiva, assim como o investimento na formação de professores e de técnicos de desporto, a par da construção de instalações desportivas por forma a «assegurar o acesso da generalidade da população ao desporto».

Paulo Sá sublinhou ainda que a prática desportiva «não pode ser condicionada por considerações economicistas», como aconteceu no OE vigente de 2011 negociado por PS e PSD, onde se admite que o aumento do IVA para a prática das actividades físicas e desportivas teve por base necessidades de financiamento do Estado e a correcção do défice público.

No fim de contas, uma desculpa dos partidos da política de direita para «cortar nos direitos dos cidadãos», concluiu Paulo Sá.

 



Mais artigos de: Assembleia da República

Em defesa dos utentes e do Estado

A Assembleia da República aprovou, na generalidade, com os votos favoráveis de todas as bancadas (à excepção do PS, que se absteve) o projecto de lei do PCP que institui a prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI).

Por uma mais justa atribuição

O PCP quer alterar o regime de atribuição do complemento solidários para idosos, tornando mais ágil e justa a sua atribuição. Trata-se de simplificar procedimentos e corrigir os aspectos mais gravosos que têm impedido o acesso de milhares de idosos a esta prestação social.

 

Alimentar o monstro do <i>BPN</i>

O Parlamento aprovou sexta-feira passada, com os votos favoráveis do PSD e do CDS-PP, o orçamento rectificativo apresentado pelo Governo. O PS absteve-se, votando contra o documento as bancadas do PCP, PEV e BE.

 

Injustas e discriminatórias

A maioria governamental chumbou o projecto de lei do PCP que impunha a revogação das taxas moderadoras. O mesmo aconteceu com igual iniciativa do BE. Pôr cobro a uma injustiça e dar cumprimento ao texto constitucional, era o objectivo visado pela bancada comunista. Meta adiada pelo...

Saciar clientelas

A maioria PSD/CDS-PP aprovou sexta-feira passada, em votação final global, a proposta de lei que altera o estatuto do pessoal dirigente da Administração Pública. Anunciadas pelos partidos da coligação governamental com o intuito de pôr cobro às...

Haja rigor e transparência

Foi rejeitado com os votos contra da maioria PSD/CDS-PP, sob a justificação de que já existe uma auditoria, o projecto de resolução do PCP que propunha a criação de uma comissão parlamentar eventual para avaliar a situação...

Ultrapassar atrasos

Continua por regulamentar a legislação relativa ao enquadramento base das terapêuticas não convencionais (acumpuctura, homeopatia, osteopatia, naturopatia, fitoterapia e quiropráxica), isto não obstante terem já passado oito anos sobre a sua aprovação pela AR,...