Superando as expectativas da organização, o almoço-convívio de sábado, no «Águias de Alpiarça» reuniu mais de mil apoiantes e confirmou que a CDU, no distrito de Santarém, está em condições de reforçar a sua representação parlamentar.

Ao saudar os presentes e apresentar os intervenientes, o mandatário distrital e dirigente da CGTP-IN, Valdemar Henriques, fez notar que o pavilhão, com mais de mil apoiantes, numa acção que estava prevista para 700, acolhia «a maior iniciativa da coligação, nas últimas décadas, no distrito ribatejano».

Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa acusou o PS, o PSD e o CDS por «não dizerem ao povo, concretamente, o que pretendem fazer se forem governo».

Salientando que há outro rumo, patriótico e de esquerda, possível para o País, desafiou aqueles partidos a dizer «para onde vai o dinheiro do empréstimo contraído», esclarecendo que daquela verba nada sobrará para incentivar a produção, a agricultura, o pequeno comércio ou a criação de emprego».

«Eles que deixem de ser hipócritas e assumam o que assinaram, esse pacto de submissão e de agressão que só favorece a banca», acusou o Secretário-Geral do PCP.

«Esta grande participação dá-nos uma grande confiança num resultado que poderá reforçar a nossa representação parlamentar», considerou o cabeça de lista pelo distrito escalabitano, António Filipe. O candidato lamentou que nesta campanha não tenha havido debates entre as candidaturas distritais. «O PS, o PSD e o CDS teriam de explicar por que aqui, no distrito, se comprometeram a fazer uma coisa e, depois, na Assembleia da República, votaram ao contrário». Lembrou propostas do Grupo Parlamentar do PCP, reprovadas por aqueles três partidos, como a abolição das portagens na A-23; as acessibilidades e a consolidação das barreiras em Santarém; as compensações para as vítimas das intempéries, em Tomar e Ferreira do Zêzere; a reabertura da ponte de Constância; a defesa e melhoria dos serviços de saúde e de educação; a construção de lares e de centros de dia.

Salientando o intenso trabalho da CDU junto dos trabalhadores e das populações, António Filipe elogiou «a dura e longa luta vencida pelos trabalhadores da IFM/Platex», confiante num reforço da CDU que resulte na eleição do segundo candidato, o vice-presidente da Intervenção Democrática (ID), João Luís Madeira Lopes.

Soberania comprometida

O presidente da ID, João Corregedor da Fonseca, classificou os acordos com a troika estrangeira como um «assustador acordo de capitulação», e acusou o PS, o PSD e o CDS de terem «vergado perante os interesses dos grupos económicos», comprometendo a soberania nacional.

«É tempo de o povo fazer uma ruptura com esta política», disse.

A candidata e membro do Conselho Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes», Sónia Colaço, exigiu que o ambiente passe a ser prioridade dos governos, como garante a Constituição da República. Salientou a urgência de investimento na produção nacional, na promoção do pequeno comércio e na agricultura familiar, nos apoios a culturas diversificadas e adaptadas aos solos e ao clima, à agricultura biológica, em garantias de independência energética, e em transportes públicos com vantagens económicas, sociais e ambientais.