Em 5 de Junho, é preciso dizer não às troikas!

Sair da crise?... Só com o PCP e a CDU

Image 7540

Há um ca­minho al­ter­na­tivo para vencer a dí­vida, pro­mover o de­sen­vol­vi­mento, de­fender a so­be­rania do nosso País. Esse ca­minho exige uma ati­tude pa­trió­tica de de­fesa dos in­te­resses na­ci­o­nais e de afron­ta­mento do ca­pital fi­nan­ceiro na­ci­onal e es­tran­geiro.

O ca­minho pre­co­ni­zado pelo PCP e pela CDU res­ponde ao pro­blema da dí­vida exi­gindo a sua re­ne­go­ci­ação ime­diata – juros, prazos e mon­tantes.

O ca­minho pre­co­ni­zado pelo PCP e pela CDU as­sume a pri­o­ri­dade da de­fesa, va­lo­ri­zação e pro­moção dos re­cursos na­ci­o­nais e da ca­pa­ci­dade pro­du­tiva do País (nas pescas, na agri­cul­tura, na in­dús­tria) e, em pri­meiro lugar, da de­fesa e va­lo­ri­zação do mais im­por­tante re­curso na­ci­onal – os tra­ba­lha­dores.

O ca­minho pre­co­ni­zado pelo PCP e pela CDU as­se­gura o de­sen­vol­vi­mento e o cres­ci­mento eco­nó­mico, a me­lhoria das con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores, a di­na­mi­zação do mer­cado in­terno e da ac­ti­vi­dade das pe­quenas e mé­dias em­presas.

O ca­minho pre­co­ni­zado pelo PCP e pela CDU afronta os in­te­resses do ca­pital fi­nan­ceiro e dos grupos eco­nó­micos, re­toma o con­trolo pelo Es­tado dos sec­tores es­tra­té­gicos da eco­nomia na­ci­onal, afirma a su­bor­di­nação do poder eco­nó­mico ao poder po­lí­tico e as­se­gura o fu­turo in­de­pen­dente e so­be­rano de Por­tugal.

No mo­mento em que a grande bur­guesia na­ci­onal e es­tran­geira pre­tende impor um pro­grama de agressão ao povo e ao País, o PCP di­rige-se a todos os por­tu­gueses ape­lando ao seu sen­tido pa­trió­tico, ao seu sen­tido de jus­tiça, à sua de­ter­mi­nação, a que, pela sua acção e pelo exer­cício dos seus di­reitos cons­ti­tu­ci­o­nais, ex­pressem na luta e no voto o seu re­púdio a este ataque contra Por­tugal e os por­tu­gueses.

Por mais con­di­ci­o­na­mentos e di­fi­cul­dades que pre­tendam impor, o povo por­tu­guês não está con­de­nado a um pre­sente e a um fu­turo de de­pen­dência e sub­missão face aos in­te­resses do grande ca­pital e das grandes po­tên­cias.

O PCP re­a­firma a sua pro­funda con­vicção de que é pos­sível a aber­tura de novos ca­mi­nhos de de­sen­vol­vi­mento so­be­rano que, por rup­tura com a po­lí­tica de di­reita, con­cre­tize uma nova po­lí­tica, pa­trió­tica e de es­querda ao ser­viço dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País.

(Ex­tracto con­den­sado da con­fe­rência de im­prensa de Je­ró­nimo de Sousa, Se­cre­tário-geral do PCP, em 5 de Maio)


Porquê um go­verno pa­trió­tico e de es­querda?

A con­cre­ti­zação da po­lí­tica ne­ces­sária à re­so­lução dos pro­blemas na­ci­o­nais exige a for­mação de um go­verno pa­trió­tico e de es­querda, capaz de as­se­gurar uma nova fase da vida do País, mar­cada pelo de­sen­vol­vi­mento, a jus­tiça e o pro­gresso so­cial.

Um go­verno para salvar o País, ori­en­tado por uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda que, cor­res­pon­dendo ao con­teúdo e valor pró­prios da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica e dos ideais de Abril, per­mita res­ponder aos pro­blemas na­ci­o­nais, ao con­trário de um go­verno dito de «sal­vação na­ci­onal», jun­tando pre­ci­sa­mente aqueles que têm en­ter­rado e querem con­ti­nuar a en­terrar o País.

Um go­verno cuja vi­a­bi­li­dade está nas mãos do povo por­tu­guês, cons­ti­tuído com base nas forças e sec­tores po­lí­ticos, de­mo­cratas e per­so­na­li­dades in­de­pen­dentes, que se iden­ti­ficam com a po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, apoiado pelas or­ga­ni­za­ções e mo­vi­mentos de massas dos sec­tores so­ciais an­ti­mo­no­po­listas.

Um go­verno que cons­titua uma so­lução po­lí­tica ne­ces­sária e ur­gente, que tem de ser ins­crita como um ob­jec­tivo in­con­tor­nável para o fu­turo do País, e cuja con­cre­ti­zação só é pos­sível com o sig­ni­fi­ca­tivo re­forço da in­fluência do PCP e dos seus ali­ados na CDU nas elei­ções de 5 de Junho.

 (Ex­tracto do com­pro­misso elei­toral do PCP)


Nove eixos da al­ter­na­tiva

Nas le­gis­la­tivas de 2009, o PCP apontou a ne­ces­si­dade de uma po­lí­tica de es­querda que, a ser apli­cada, teria evi­tado a ac­tual si­tu­ação de­sas­trosa. Os seus nove eixos cen­trais mantêm-se ac­tuais:

1. A va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores.

2. A de­fesa dos sec­tores pro­du­tivos e da pro­dução na­ci­onal.

3. Um papel de­ter­mi­nante do Es­tado nos sec­tores es­tra­té­gicos: banca e se­guros, energia, te­le­co­mu­ni­ca­ções e trans­portes.

4. Uma ad­mi­nis­tração e ser­viços pú­blicos ao ser­viço do País: Ser­viço Na­ci­onal de Saúde uni­versal e gra­tuito, Es­cola Pú­blica gra­tuita e de qua­li­dade; de­sen­vol­vi­mento Ci­en­tí­fico e Tec­no­ló­gico.

5. A de­mo­cra­ti­zação e pro­moção do acesso à cul­tura e de­fesa do pa­tri­mónio cul­tural.

6. A de­fesa do meio am­bi­ente, do or­de­na­mento do ter­ri­tório e a pro­moção de um efec­tivo de­sen­vol­vi­mento re­gi­onal.

7. A de­fesa do re­gime de­mo­crá­tico de Abril e o cum­pri­mento da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica.

8. A efec­tiva su­bor­di­nação do poder eco­nó­mico ao poder po­lí­tico, o com­bate e pu­nição da cor­rupção, crime eco­nó­mico e trá­fico de in­fluên­cias.

9. A afir­mação de um Por­tugal livre e so­be­rano e de uma Eu­ropa de paz e co­o­pe­ração, com uma nova po­lí­tica que rompa com a co­ni­vência e sub­ser­vi­ência face às po­lí­ticas da União Eu­ro­peia e da NATO.



Mais artigos de: Em Foco

Portugal tem alternativa com o PCP

A troika FMI/BCE/UE entrou no nosso País com a arrogância dos opressores que vão recolher o espólio após a capitulação. Recebida por quem lhe franqueou a porta com vassalagem, reuniu com instituições, recebeu os partidos que desde...

Os agentes da ingerência e do saque

Afinal quem são as or­ga­ni­za­ções que in­te­gram a fa­mi­ge­rada troika que desde há se­manas faz parte do nosso quo­ti­diano, ocu­pando no­ti­ciá­rios das rá­dios e te­le­vi­sões e en­chendo pá­ginas de jor­nais?

Que in­te­resses servem? As me­didas que pre­tendem impor abrem pers­pec­tivas de de­sen­vol­vi­mento ou cons­ti­tuem-se, ao invés, como fac­tores de es­tag­nação e re­tro­cesso?

Per­ce­bamos me­lhor quem são, o que fazem e ao que vêm.

 

Instrumentos de apropriação e domínio

São vá­rios os ins­tru­mentos e me­ca­nismos através dos quais, em nome da ale­gada «ajuda» para su­perar di­fi­cul­dades fi­nan­ceiras, são im­postos aos povos planos e pro­gramas que na prá­tica cons­ti­tuem au­tên­ticas ope­ra­ções de saque or­ga­ni­zado da ri­queza e dos re­cursos, de agressão aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções, de vi­o­lação da so­be­rania e dos in­te­resses na­ci­o­nais. Per­cor­ramos nesta pá­gina os me­an­dros de al­guns desses pro­cessos de es­po­li­ação.

Quais são as medidas que Sócrates escondeu aos portugueses?

O pro­grama da dita «ajuda» ex­terna, da troika FMI/​BCE/​UE, apoiado pela troika PS/​PSD/​CDS-PP, re­pre­senta a maior agressão aos di­reitos do povo e aos in­te­resses do País desde os tempos do fas­cismo. A con­cre­tizar-se, agra­vará a re­cessão eco­nó­mica, o de­sem­prego e a po­breza, a de­pen­dência ex­terna de Por­tugal. Eis uma sín­tese de al­gumas das me­didas pre­vistas, às quais se se­guirão ou­tras, após as elei­ções de 5 de Junho, caso o povo por­tu­guês não trave os in­tentos dos par­tidos da po­lí­tica de di­reita:

A quem serve o «empréstimo»?

Dos 78 mil milhões de euros do «empréstimo» 12 mil milhões euros servirão para a criação de um fundo público para apoio dos aumentos de capital que a banca terá que fazer para cumprir os rácios de solvabilidade e de...

Os casos «exemplares» da Grécia e da Irlanda

A Grécia contraiu um empréstimo de 110 mil milhões de euros em Maio de 2010 e a Irlanda de 85 mil milhões de euros em Novembro do mesmo ano. Nos dois casos a banca foi a grande beneficiada. Na Irlanda arrecadou 35 mil milhões de euros e na Grécia – que em 2009 já...

Os responsáveis pela dívida são os banqueiros, os capitalistas e os partidos que os servem

Os tra­ba­lha­dores e o povo não são os cul­pados pela si­tu­ação rui­nosa em que se en­contra o País.

A si­tu­ação em que o País se en­contra tem na sua origem ra­zões e res­pon­sá­veis po­lí­ticos. O en­di­vi­da­mento ex­terno é o re­sul­tado de dé­cadas de po­lí­tica de di­reita con­du­zida por PS, PSD e CDS-PP ao ser­viço do grande ca­pital, da re­cons­ti­tuição do ca­pi­ta­lismo mo­no­po­lista e dos seus in­te­resses, e a con­sequência do pro­cesso de in­te­gração ca­pi­ta­lista da União Eu­ro­peia que os mesmos par­tidos tanto apoiam.

A desinformação e os seus fantasmas

Na falta de ar­gu­mentos para jus­ti­ficar o in­jus­ti­fi­cável, isto é, a total ca­pi­tu­lação face aos in­te­resses da troika FMI/BCE/UE – com a imo­lação dos tra­ba­lha­dores e do povo e a hi­po­teca do fu­turo do País –, os ser­ven­tuá­rios da si­tu­ação e do sis­tema lançam mão a toda a de­sin­for­mação, agitam medos, ex­ploram in­com­pre­en­sões. Os dois ex­pe­di­entes mais vul­ga­ri­zados nestes dias res­peitam à ine­vi­ta­bi­li­dade do tra­ta­mento a que nos querem sub­meter e ao pe­rigo de sem ele o País falir.

Ape­tece per­guntar: quantas vezes já teria fa­lido Por­tugal, ao longo da sua longa His­tória, se um país fosse à fa­lência?!