Cento e vinte mulheres e homens das artes, letras e ciências participaram, segunda-feira, num jantar com o mandatário nacional da candidatura de Francisco Lopes, José Barata-Moura. José António Gomes afirmou, na primeira intervenção da noite, que muitas dezenas de pessoas que queriam participar na iniciativa não o puderam fazer devido à exiguidade do espaço o que demonstra inequivocamente o o crescente apoio à candidatura comunista às eleições Presidenciais. Coube-lhe ainda a responsabilidade de transmitir a mensagem do arquitecto Álvaro Siza Vieira: «Não podendo estar presente, saúdo este encontro e todos os seus participantes e reafirmo o meu apoio à candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República.»

Depois foi a vez do mandatário nacional, José Barata-Moura, que enquadrou a candidatura de Francisco Lopes no actual momento que o País vive, tirando as consequências da sua importância, indispensabilidade e singularidade. É que, disse, trata-se de uma candidatura que se demarca de todas as outras por ser a única que não está comprometida com a crise que se vive por acção ou apoio quanto aos caminhos percorridos, de que é exemplo o Orçamento de Estado para 2011.

Fazendo um breve caminho pela história até aos tempos actuais, pelas políticas que conduziram à destruição do nosso aparelho produtivo e, consequentemente, ao aumento do endividamento do País e da dependência agro-alimentar, concluiu que a única alternativa para a mudança de política é o voto em Francisco Lopes nas próximas eleições presidenciais. No jantar esteve sempre presente o apelo aos homens e mulheres das artes, letras e ciências para que marquem presença no esclarecimento e na mobilização populares.

Após esta intervenção, escutada atentamente e que arrancou muitos aplausos, actuou Paulo Vaz de Carvalho que, com o virtuosismo da sua guitarra, encerrou, em beleza, a iniciativa.