Com «o rosto da mobilização necessária»

Barata-Moura mandatário

José Barata-Moura é o mandatário nacional da candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República, anunciou anteontem o gabinete de imprensa.

A par da vida académica, Barata-Moura tem intensa actividade cultural e política

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Professor catedrático da Universidade de Lisboa (Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras), autor de uma vasta obra no campo da Filosofia e militante do PCP, José Barata-Moura distingue-se também como tradutor para Português de obras de Hegel, de Marx e de Engels.

Conta 62 anos. Foi reitor da Universidade de Lisboa (1998-2006). É vice-presidente da Internationale Gesellschaft Hegel-Marx für dialektisches Denken (Sociedade Internacional Hegel-Marx para o Pensamento Dialéctico). É membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Internacional da Cultura e da Academia Pedro Hispano.

A par da carreira académica, Barata-Moura desenvolveu uma intensa actividade cultural e política, como autor e intérprete de canções de intervenção, antes e depois do 25 de Abril. É autor e intérprete também no domínio da canção infantil. Foi deputado ao Parlamento Europeu (1993-1994).

Tem o grau honorífico de grande-oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

 

Declaração

 

A revelação do nome do mandatário nacional foi acompanhada da divulgação de uma breve declaração de José Barata-Moura, que transcrevemos na íntegra.

«Vivemos um período difícil e complexo. É precisa uma inflexão das políticas. É preciso uma mudança da política.

A cartilha liberalista - que continua a ir sendo soletrada em diversos tons - trouxe-nos à crise: não nos pode fazer sair dela.

Portugal redefiniu os seus rumos históricos na revolução de Abril. É essa navegação que tem que ser retomada com lucidez, sem ambiguidades, nem hesitações.

O interesse de Portugal - no exercício da sua soberania - tem de recentrar-se no interesse dos trabalhadores e do povo: sem o seu empenho e participação não há reconstrução de um país.

Francisco Lopes, candidato à Presidência da República, pelo seu percurso de vida e pelo movimento que encabeça, é o rosto e a voz dessa mobilização necessária para um duro trabalho a prosseguir.

É por isso que - honrado pelo convite para mandatário nacional, que de boa mente aceito - dou o meu apoio à candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República.»


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