PCP confia na resistência da revolução
Solicitado por vários órgãos de comunicação social a pronunciar-se sobre os últimos desenvolvimentos acerca da situação em Cuba, o PCP emitiu, no dia 17, um comunicado onde que deixa claro ser «ao povo cubano que compete, soberanamente, tomar as decisões que considere mais adequadas para prosseguir a construção do socialismo, consolidar as conquistas alcançadas e defender a soberania e a integridade territorial do seu país».
Optando por não se pronunciar sobre decisões de natureza económica em curso em Cuba, o PCP chama a atenção para a «deliberada distorção difundida para apresentar como despedimentos o processo de reorganização de actividade com “reorientação laboral de trabalhadores para outros postos de trabalho” e “outras formas de relação laboral não estatal como o arrendamento, o usufruto, cooperativas e trabalho por conta própria”, mantendo em muitas situações a mesma actividade que exerciam com a garantia dos direitos e apoios sociais». O objectivo desta distorção é clara: «não apenas prolongar o ataque a Cuba como procurar justificar a ofensiva dirigida no nosso País contra os trabalhadores com vista à liquidação de direitos e o aumento da exploração.»
No que respeita às recentes medidas de «actualização do modelo económico», o PCP confia que uma «revolução que tem heroicamente resistido ao criminoso bloqueio dos EUA e que já por duas vezes se viu forçada a reestruturar a sua economia», enfrentará com êxito novos problemas surgidos no seu desenvolvimento, e as exigências de afirmação do seu projecto de construção do socialismo.