«Não se esqueçam desta gente»
O Secretário-geral do PCP deslocou-se, segunda-feira, à ilha da Madeira para visitar e contactar com populações atingidas pela catástrofe do passado dia 20 de Fevereiro.
Há um sentimento de insegurança devido ao perigo de novas derrocadas
A visita começou logo de manhã, no Caminho dos Moinhos, um sítio localizado nas zonas altas do Funchal. Ali, Jerónimo de Sousa testemunhou um cenário desolador, com o qual se confrontam diariamente centenas de pessoas. Foi aí que o dirigente comunista se deparou com uma moradora que, em lágrimas, lhe contou o seu drama pessoal – a casa onde vivia ficou completamente destruída e assim se mantém ainda hoje. Um autêntico desespero por uma solução que tarda em chegar.
Aos presentes, o Secretário-geral do Partido explicou que a visita, já bem distante dos momentos mediáticos, tinha como objectivo conhecer uma realidade que não é visível aos olhos, particularmente dos continentais. Apesar da baixa do Funchal começar a emergir, ainda que lentamente, do caos, e de ter havido um enorme esforço e empenho nesse regresso à normalidade, o maior significado desta visita é chamar a atenção para as situações dramáticas que, passados quase dois meses, teimam em persistir. Nomeadamente naquela zona, naquele mesmo local onde se encontravam.
Mas o problema não se esgota na destruição das casas. O sentimento de insegurança, tendo em conta o perigo real de novas derrocadas, é enorme. Na opinião dos comunistas, as questões da habitação e de alojamento começam a ser questões centrais, inseparáveis da insegurança que as pessoas sentem.
Na ocasião alertou-se para uma tendência que pode surgir de resolver os problemas que os olhos alcançam e, nos locais marcados pela interioridade, mais escondidos, as pessoas serem votadas ao esquecimento, ao abandono. Daí a necessidade de exigir soluções nas questões da habitação. Para o PCP, tem que existir uma coordenação «cirúrgica» entre autarquias, governo regional e Governo da República, para que, através do Instituto Nacional de Habitação, se procure resolver, com a máxima urgência a situação dramática destas populações. Em seguida, Jerónimo de Sousa apelou: «Não se esqueçam desta gente só porque os olhos não alcançam.»
Saindo do Caminho dos Moinhos, entre curvas e contra-curvas, a comitiva comunista chegou ao «Vasco Gil», outra zona muito fustigada pela intempérie. Já no Curral das Freiras, o cenário não mudou. Aí, muitos habitantes procuraram Jerónimo de Sousa para lhe colocar a sua situação em particular. Foram várias as zonas desta freguesia, percorridas nesta tarde, de vereda em vereda, de casa em casa, observando uma realidade dura de uma população que ainda chora o que perdeu.
Já ao fim da tarde, e no Funchal, Jerónimo de Sousa participou num debate, com militantes e amigos, com o intuito de abordar a realidade actual da Madeira, fazendo também uma análise da situação nacional.
Aos presentes, o Secretário-geral do Partido explicou que a visita, já bem distante dos momentos mediáticos, tinha como objectivo conhecer uma realidade que não é visível aos olhos, particularmente dos continentais. Apesar da baixa do Funchal começar a emergir, ainda que lentamente, do caos, e de ter havido um enorme esforço e empenho nesse regresso à normalidade, o maior significado desta visita é chamar a atenção para as situações dramáticas que, passados quase dois meses, teimam em persistir. Nomeadamente naquela zona, naquele mesmo local onde se encontravam.
Mas o problema não se esgota na destruição das casas. O sentimento de insegurança, tendo em conta o perigo real de novas derrocadas, é enorme. Na opinião dos comunistas, as questões da habitação e de alojamento começam a ser questões centrais, inseparáveis da insegurança que as pessoas sentem.
Na ocasião alertou-se para uma tendência que pode surgir de resolver os problemas que os olhos alcançam e, nos locais marcados pela interioridade, mais escondidos, as pessoas serem votadas ao esquecimento, ao abandono. Daí a necessidade de exigir soluções nas questões da habitação. Para o PCP, tem que existir uma coordenação «cirúrgica» entre autarquias, governo regional e Governo da República, para que, através do Instituto Nacional de Habitação, se procure resolver, com a máxima urgência a situação dramática destas populações. Em seguida, Jerónimo de Sousa apelou: «Não se esqueçam desta gente só porque os olhos não alcançam.»
Saindo do Caminho dos Moinhos, entre curvas e contra-curvas, a comitiva comunista chegou ao «Vasco Gil», outra zona muito fustigada pela intempérie. Já no Curral das Freiras, o cenário não mudou. Aí, muitos habitantes procuraram Jerónimo de Sousa para lhe colocar a sua situação em particular. Foram várias as zonas desta freguesia, percorridas nesta tarde, de vereda em vereda, de casa em casa, observando uma realidade dura de uma população que ainda chora o que perdeu.
Já ao fim da tarde, e no Funchal, Jerónimo de Sousa participou num debate, com militantes e amigos, com o intuito de abordar a realidade actual da Madeira, fazendo também uma análise da situação nacional.