Só a luta garante vitórias
Nas empresas, ao passo que se intensifica a exploração, reforça-se a unidade e a luta dos trabalhadores. Para isso, muito contribui a intervenção diária dos comunistas, esclarecendo, explicando, mobilizando.
O patronato só cede se for obrigado a isso pela luta dos trabalhadores
No boletim de Março/Abril de 2010, a Organização dos Trabalhadores Comunistas no Sector da Vigilância de Lisboa denuncia o aumento da exploração no sector. Em 2009, as empresas obtiveram uma facturação de «muitos milhões de euros» e a crise, «para além de não as beliscar, proporcionou-lhes o alargamento dos seus negócios».
Tendo em conta que «foram os profissionais do sector que, com o seu trabalho, garantiram ao patronato esses enormes lucros», o PCP considera «justo» que esses ganhos se repercutam também nas remunerações dos trabalhadores. Esta é, aliás, uma boa ocasião para garantir aumentos salariais que reponham o poder de compra perdido nos últimos anos.
Mas a realidade é outra, sabem os comunistas: o patronato «não abdica dos seus privilégios» e a experiência «diz que é pela luta que os trabalhadores conseguem alcançar os seus objectivos». Assim, destaca-se no boletim, «para defender direitos, melhorar as condições de trabalho e reivindicar aumentos salariais é necessário mobilizar os trabalhadores para a luta».
A greve nacional convocada pelo STAD para 25 e 26 de Março «tem de ser a grande resposta dos vigilantes ao patronato», garantem os comunistas. A mobilização, que cabe em primeiro lugar à direcção do sindicato, é tarefa de todos os trabalhadores, destaca o PCP.
No verso do boletim, recorda-se as negociações em curso entre o sindicato e a associação patronal para a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho. Para estas negociações, o patronato propõe aumentos salariais de 0,2 por cento e a retirada de direitos, nomeadamente com a aplicação do «banco de horas» - que, na prática, implica o alargamento do horário de trabalho até às 12 horas diárias e 60 semanais.
Os comunistas alertam para as consequências desta medida, caso não seja travada: a profunda desestabilização da vida dos trabalhadores e a «drástica redução do pagamento das horas extraordinárias, pois quando é atingida a carga horária permitida pelo contrato o patrão manda os trabalhadores para casa, em “férias forçadas”, como já vem acontecendo em várias empresas».
Unidade em torno dos direitos
Na Vimeca, empresa de transportes colectivos da região de Lisboa, é «constante» a perseguição e discriminação aos membros eleitos nos órgãos representativos dos trabalhadores. A denúncia é do PCP, no comunicado que está a distribuir aos trabalhadores da empresa.
Para os comunistas, «não é aceitável que num Portugal que se quer democrático e de Abril se cometam tais ilegalidades e se fique impune». A situação torna-se ainda mais grave quando os trabalhadores são, por qualquer motivo, «perseguidos e discriminados», como comprovam as «dezenas e dezenas de processos disciplinares» de que são alvo.
O PCP acrescenta que naquela empresa os trabalhadores são forçados a trabalhar, em média, mais três horas de trabalho suplementar e, mesmo assim, muitas vezes têm que trabalhar nas folgas por falta de motoristas. «Não seria muito mais lógico pagar condignamente pelo trabalho dos actuais trabalhadores (aumentando os seus salários) e contratar os trabalhadores que fazem falta?»
Reconhecendo que tais medidas teriam influência nos lucros, os comunistas realçam que estes são «tão grandes» que a empresa as pode suportar. Mas é claro que «enquanto o patrão tiver a força para impor a exploração dos trabalhadores, os baixos salários só serão “compensados” com cargas brutais de horas extraordinárias».
O facto de a empresa contar com 50 por cento de trabalhadores contratados a prazo também merece o repúdio do PCP. «Estes trabalhadores transportam pessoas, transportam vidas humanas. Que valor tem a vida dos seus trabalhadores e de quem eles transportam para a administração da Vimeca?»
Para fazer face a tudo isto, o PCP «exorta os trabalhadores da Vimeca a unir-se, a lutar, a resistir em defesa dos seus direitos».
Tendo em conta que «foram os profissionais do sector que, com o seu trabalho, garantiram ao patronato esses enormes lucros», o PCP considera «justo» que esses ganhos se repercutam também nas remunerações dos trabalhadores. Esta é, aliás, uma boa ocasião para garantir aumentos salariais que reponham o poder de compra perdido nos últimos anos.
Mas a realidade é outra, sabem os comunistas: o patronato «não abdica dos seus privilégios» e a experiência «diz que é pela luta que os trabalhadores conseguem alcançar os seus objectivos». Assim, destaca-se no boletim, «para defender direitos, melhorar as condições de trabalho e reivindicar aumentos salariais é necessário mobilizar os trabalhadores para a luta».
A greve nacional convocada pelo STAD para 25 e 26 de Março «tem de ser a grande resposta dos vigilantes ao patronato», garantem os comunistas. A mobilização, que cabe em primeiro lugar à direcção do sindicato, é tarefa de todos os trabalhadores, destaca o PCP.
No verso do boletim, recorda-se as negociações em curso entre o sindicato e a associação patronal para a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho. Para estas negociações, o patronato propõe aumentos salariais de 0,2 por cento e a retirada de direitos, nomeadamente com a aplicação do «banco de horas» - que, na prática, implica o alargamento do horário de trabalho até às 12 horas diárias e 60 semanais.
Os comunistas alertam para as consequências desta medida, caso não seja travada: a profunda desestabilização da vida dos trabalhadores e a «drástica redução do pagamento das horas extraordinárias, pois quando é atingida a carga horária permitida pelo contrato o patrão manda os trabalhadores para casa, em “férias forçadas”, como já vem acontecendo em várias empresas».
Unidade em torno dos direitos
Na Vimeca, empresa de transportes colectivos da região de Lisboa, é «constante» a perseguição e discriminação aos membros eleitos nos órgãos representativos dos trabalhadores. A denúncia é do PCP, no comunicado que está a distribuir aos trabalhadores da empresa.
Para os comunistas, «não é aceitável que num Portugal que se quer democrático e de Abril se cometam tais ilegalidades e se fique impune». A situação torna-se ainda mais grave quando os trabalhadores são, por qualquer motivo, «perseguidos e discriminados», como comprovam as «dezenas e dezenas de processos disciplinares» de que são alvo.
O PCP acrescenta que naquela empresa os trabalhadores são forçados a trabalhar, em média, mais três horas de trabalho suplementar e, mesmo assim, muitas vezes têm que trabalhar nas folgas por falta de motoristas. «Não seria muito mais lógico pagar condignamente pelo trabalho dos actuais trabalhadores (aumentando os seus salários) e contratar os trabalhadores que fazem falta?»
Reconhecendo que tais medidas teriam influência nos lucros, os comunistas realçam que estes são «tão grandes» que a empresa as pode suportar. Mas é claro que «enquanto o patrão tiver a força para impor a exploração dos trabalhadores, os baixos salários só serão “compensados” com cargas brutais de horas extraordinárias».
O facto de a empresa contar com 50 por cento de trabalhadores contratados a prazo também merece o repúdio do PCP. «Estes trabalhadores transportam pessoas, transportam vidas humanas. Que valor tem a vida dos seus trabalhadores e de quem eles transportam para a administração da Vimeca?»
Para fazer face a tudo isto, o PCP «exorta os trabalhadores da Vimeca a unir-se, a lutar, a resistir em defesa dos seus direitos».