Lutar para mudar
O PCP promoveu, no centro de Braga, uma tribuna pública, no âmbito da campanha nacional Lutar contra as injustiças, exigir uma vida melhor.
O PCP está na linha da frente da denúncia da política do PS
Pela tribuna, que tinha como objectivo denunciar as injustiças sociais a que se assiste na região, passaram os testemunhos de um jovem trabalhador, de uma operária têxtil e de uma desempregada – que ali levaram uma parte do retrato do que é hoje aquele distrito.
Sérgio Almeida, jovem trabalhador, salientou, na sua intervenção, que «a maioria dos jovens vê hoje um futuro bastante negro e controverso, pois são aos milhares os desempregados (grande parte sem direito ao subsídio de desemprego), com vínculos precários, emigrados, em cursos de formação». Dos desempregados, lembrou, 36 por cento são jovens e «muitos mais se juntarão a estes, contabilizando os que não estão inscritos nos centros de emprego».
Também a precariedade é esmagadora, lembrou. No distrito, empresas como a Grundig, a Gabor, a Mabor ou a Extral são apenas exemplos de locais onde abundam os contratos de seis e três meses ou mesmo semanais. Na Extral, denunciou, há jovens que não têm qualquer contrato.
Desempregada há um ano, Sónia Araújo assumiu fazer parte das «estatísticas». «Todos os dias vou ao Centro de Emprego, verifico na internet, e, este ano, da parte do IEFP não recebi um telefonema, não recebi uma carta a fazer uma proposta de emprego.»
Por ter o 12.º ano e um estágio profissional, Sónia considera-se prejudicada: «sou duplamente penalizada. Estou ao mesmo nível de quem teve a oportunidade de fazer o 12.º ano em meia dúzia de meses, mas não tenho acesso a essas oportunidades». Para umas coisas, tem habilitações a menos, para fazer formação no Instituto de Emprego tem a mais…
A concluir, Sónia Araújo confessou-se solidária com a acção do PCP: «é este Partido que está na linha da frente da denúncia deste problema e é por isso que eu estou aqui hoje.»
Podem contar com o PCP
João Frazão, da Comissão Política, encerrou a tribuna pública, realçando que, com a campanha nacional que está a levar a cabo, os comunistas cumprem o «inabalável compromisso» que assumiram com os trabalhadores e o povo – de não ceder perante as pressões dos ricos e dos poderosos, de colocar sempre e sempre no primeiro plano os interesses dos que menos têm e menos podem.
Apontando o desemprego como o «mais grave» problema do distrito de Braga, o dirigente comunista lembrou serem já mais de 56 mil os desempregados «oficiais». «São, seguramente, mais de 60 mil, afirmamos nós.»
Apesar destes números, os maiores de que há memória, João Frazão realçou ficar o ano de 2009 também «marcado pelo maior número de desempregados sem receber qualquer prestação de apoio no desemprego».
O dirigente do PCP não deixou de chamar a atenção para as recentes declarações do Governador Civil de Braga, que reclamou um plano de emergência para o distrito. «Acordou tarde», realçou João Frazão, pois o PCP apresentou na Assembleia da República uma proposta semelhante – que o PS chumbou. Acordou tarde também quando refere o sector têxtil, pois o seu partido, o PS, chumbou a proposta do PCP para a adopção de cláusulas de salvaguarda para o sector.
Também a precariedade foi referida por João Frazão. No dia 24, o PCP vai promover um Roteiro da Precariedade, assinalando empresas que se dedicam a esta «autêntica candonga laboral». São os casos, entre outras, da Bosch, da Select/Vedior, do Continente, do Jumbo…
Mudar de política
Na opinião de João Frazão, a questão central é «mudar de rumo, é a ruptura com as políticas de direita dos últimos anos». O que é necessário é melhores salários, mais apoio aos desempregados, melhores serviços públicos, uma banca ao serviço da economia e do povo.
Para quem afirma que «não há dinheiro», lembrou João Frazão, a resposta é simples: «dinheiro há, está é mal distribuído. Está nos bolsos dos grandes capitalistas, dos banqueiros, dos donos das grandes superfícies, das gasolineiras, dos accionistas da Brisa, da PT e da EDP».
É precisamente por isto que a luta é «tão importante», reafirmou o dirigente comunista. E nesta sua luta, os trabalhadores podem contar com o PCP.
Sérgio Almeida, jovem trabalhador, salientou, na sua intervenção, que «a maioria dos jovens vê hoje um futuro bastante negro e controverso, pois são aos milhares os desempregados (grande parte sem direito ao subsídio de desemprego), com vínculos precários, emigrados, em cursos de formação». Dos desempregados, lembrou, 36 por cento são jovens e «muitos mais se juntarão a estes, contabilizando os que não estão inscritos nos centros de emprego».
Também a precariedade é esmagadora, lembrou. No distrito, empresas como a Grundig, a Gabor, a Mabor ou a Extral são apenas exemplos de locais onde abundam os contratos de seis e três meses ou mesmo semanais. Na Extral, denunciou, há jovens que não têm qualquer contrato.
Desempregada há um ano, Sónia Araújo assumiu fazer parte das «estatísticas». «Todos os dias vou ao Centro de Emprego, verifico na internet, e, este ano, da parte do IEFP não recebi um telefonema, não recebi uma carta a fazer uma proposta de emprego.»
Por ter o 12.º ano e um estágio profissional, Sónia considera-se prejudicada: «sou duplamente penalizada. Estou ao mesmo nível de quem teve a oportunidade de fazer o 12.º ano em meia dúzia de meses, mas não tenho acesso a essas oportunidades». Para umas coisas, tem habilitações a menos, para fazer formação no Instituto de Emprego tem a mais…
A concluir, Sónia Araújo confessou-se solidária com a acção do PCP: «é este Partido que está na linha da frente da denúncia deste problema e é por isso que eu estou aqui hoje.»
Podem contar com o PCP
João Frazão, da Comissão Política, encerrou a tribuna pública, realçando que, com a campanha nacional que está a levar a cabo, os comunistas cumprem o «inabalável compromisso» que assumiram com os trabalhadores e o povo – de não ceder perante as pressões dos ricos e dos poderosos, de colocar sempre e sempre no primeiro plano os interesses dos que menos têm e menos podem.
Apontando o desemprego como o «mais grave» problema do distrito de Braga, o dirigente comunista lembrou serem já mais de 56 mil os desempregados «oficiais». «São, seguramente, mais de 60 mil, afirmamos nós.»
Apesar destes números, os maiores de que há memória, João Frazão realçou ficar o ano de 2009 também «marcado pelo maior número de desempregados sem receber qualquer prestação de apoio no desemprego».
O dirigente do PCP não deixou de chamar a atenção para as recentes declarações do Governador Civil de Braga, que reclamou um plano de emergência para o distrito. «Acordou tarde», realçou João Frazão, pois o PCP apresentou na Assembleia da República uma proposta semelhante – que o PS chumbou. Acordou tarde também quando refere o sector têxtil, pois o seu partido, o PS, chumbou a proposta do PCP para a adopção de cláusulas de salvaguarda para o sector.
Também a precariedade foi referida por João Frazão. No dia 24, o PCP vai promover um Roteiro da Precariedade, assinalando empresas que se dedicam a esta «autêntica candonga laboral». São os casos, entre outras, da Bosch, da Select/Vedior, do Continente, do Jumbo…
Mudar de política
Na opinião de João Frazão, a questão central é «mudar de rumo, é a ruptura com as políticas de direita dos últimos anos». O que é necessário é melhores salários, mais apoio aos desempregados, melhores serviços públicos, uma banca ao serviço da economia e do povo.
Para quem afirma que «não há dinheiro», lembrou João Frazão, a resposta é simples: «dinheiro há, está é mal distribuído. Está nos bolsos dos grandes capitalistas, dos banqueiros, dos donos das grandes superfícies, das gasolineiras, dos accionistas da Brisa, da PT e da EDP».
É precisamente por isto que a luta é «tão importante», reafirmou o dirigente comunista. E nesta sua luta, os trabalhadores podem contar com o PCP.