Um Partido mais forte para dinamizar a luta
Foi uma organização do Partido reforçado, profundamente enraizado junto dos trabalhadores e das populações e conhecedor da realidade económica e social do distrito, aquela que esteve reunida no sábado, no antigo Cinema Batalha, na 9.ª Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP.
Em dois anos, entraram para o Partido de 500 novos militantes no distrito
Cerca de 450 delegados, eleitos em 66 assembleias, deram voz às organizações partidárias no distrito do Porto. E o que testemunharam, quase em uníssono, as quatro dezenas de militantes que subiram à tribuna foi o imenso reforço da organização e intervenção do Partido nos últimos dois anos, desde a anterior assembleia. O cântico, entoado com entusiasmo no final da assembleia – Assim se vê a força do PC! –, teve na sua preparação, nos seus trabalhos e nas suas conclusões a mais sólida confirmação.
Já na intervenção de abertura, Jaime Toga, membro da Comissão Política e responsável pela organização regional, tinha adiantado alguns aspectos essenciais desse reforço: dos mais de 500 militantes recrutados aos 200 organismos actualmente em funcionamento, dos quais 60 são células de empresa ou sectores profissionais e sindicais, passando pelos mais de 1100 militantes neles integrados.
Dando uma vista de olhos pela resolução política, aprovada por unanimidade, tem-se uma ainda maior percepção do que representa actualmente, no terreno, a organização e a influência do Partido naquele distrito – no Porto, o PCP conta com 6687 militantes inscritos, mais de 821 organizados relativamente à anterior assembleia. Mais de 900 estão organizados a partir das empresas e locais de trabalho.
Como justamente salientou Jaime Toga, o reforço orgânico do Partido «não é um fim em si mesmo». É, sim, um meio para «melhor conseguir alargar a nossa acção, intervenção e influência, política e social, melhorando a capacidade de intervir e de influenciar outros». Contribuindo, desta forma, para o «esclarecimento das massas e para o seu papel reivindicativo e na luta contra a política de direita».
Para este dirigente, o desenvolvimento da luta é mesmo a «questão central para as organizações do Partido e para os comunistas». «É para isto que precisamos de um Partido forte, enraizado junto dos trabalhadores e da população. É para isto que precisamos de militantes dedicados, esclarecidos e combativos.»
Tempos de acção e de luta
A encerrar os trabalhos, Jerónimo de Sousa insistiu na mesma ideia, afirmando que «perante a política de direita e os graves problemas sociais que se avolumam, os tempos que aí vêm só podem ser tempos de acção e de luta. Acção e luta que exigem um partido reforçado com uma intervenção firme, determinada, diversificada e capaz de responder às expectativas e aspirações a uma vida melhor para o nosso povo». E que, para além disso, seja capaz de «promover a ruptura e mudança a que só o PCP pode dar resposta, com o seu projecto, a sua força e capacidade de mobilização, a sua ligação e enraizamento nos trabalhadores, na juventude e no povo».
Segundo o dirigente comunista, o agravamento da situação económica e social e a agudização da luta de classes colocam ao Partido «fortes exigências políticas, ideológicas, organizativas e de intervenção». Cabe aos comunistas e ao seu Partido combater a resignação; dinamizar a resistência e a luta da classe operária, dos trabalhadores e das populações; propor um programa que abra caminho a um Portugal «mais desenvolvido e mais justo».
Mas para tudo isto, há que continuar a construir o Partido – foi esta a ideia que Jerónimo de Sousa escolheu para terminar o seu discurso, realçando os avanços alcançados no fortalecimento dos movimentos unitários de massas; na intensificação da acção política, «como se verifica com a grande campanha nacional que estamos a realizar e como testemunha a nossa acção nas instituições»; no reforço geral do Partido. Neste último caso, o Secretário-geral do PCP referiu que «enfrentando campanhas persistentes visando a sua descaracterização e todas as atitudes que possam conduzir ao seu enfraquecimento, ultrapassando silenciamentos e linhas de diversão, o Partido lança-se com toda a determinação para a concretização da acção «Avante! Por um PCP mais forte».
Assim, com «este Partido Comunista Português e com a insubstituível luta dos trabalhadores e do povo seremos capazes de rasgar novas alamedas por um Portugal de progresso e de futuro».
Continuar a avançar
Apesar dos extraordinários avanços alcançados pelos comunistas no distrito do Porto, estes não se dão por satisfeitos. Aliás, nos textos em discussão para esta assembleia estiveram ausentes tanto o auto-elogio como a passividade perante as inúmeras dificuldades – reais – que se colocam à organização e intervenção do Partido.
Na resolução política aprovada traçam-se objectivos orgânicos ambiciosos, mas nem por isso inalcançáveis – como o provam na perfeição os avanços registados nos últimos dois anos. Aplicando à realidade da região a resolução do Comité Central «Avante! Por um PCP mais forte», os comunistas do Porto pretendem dar especial atenção à responsabilização de quadros, em especial operários, jovens e mulheres, especialmente por tarefas de direcção. Até à próxima assembleia, está traçado o objectivo de responsabilizar 200 novos quadros.
No que respeita ao reforço da organização e intervenção nas empresas e locais de trabalho, destaca-se a importância da assumpção, por parte das comissões concelhias, desta prioridade de trabalho. Para tal, devem estudar a realidade dos respectivos concelhos e organizações, definir responsáveis por sectores e empresas e tomar medidas para criar estrutura partidária e aumentar o número de militantes organizados por esta via. Até à próxima assembleia, propõe-se o recrutamento e integração nas organizações de empresa e local de trabalho de 200 militantes.
Os comunistas do distrito do Porto devem ainda trabalhar para «assegurar o funcionamento efectivo das organizações de base com reuniões regulares». Durante este ano deve ser realizado o maior número possível de assembleias destas organizações, tendo ficado decidido realizar assembleias anuais, no caso das organizações de base, e de dois em dois anos nas concelhias e sectores.
O recrutamento, a difusão da imprensa, a melhoria do trabalho de informação e propaganda e o reforço da capacidade financeira do Partido são outras das prioridades definidas.
Experiência e juventude
A nova Direcção da Organização Regional do Porto do PCP (DORP) tem 42 elementos, dos quais sete não integravam a anterior direcção. Estes novos elementos são expressão do crescimento do Partido na região – dois são da JCP (um operário e uma estudante do Ensino Secundário); um economista; uma professora; dois dirigentes sindicais da Função Pública; e, por fim, uma dirigente do sindicato do Comércio e responsável pela célula do PCP no Jumbo.
No global, 50 por cento dos novos dirigentes do Partido no distrito são operários e empregados; 45,2 por cento são intelectuais e quadros técnicos; e 2,4 por cento estudantes. A média de idades é de 44,6 anos.
Já na intervenção de abertura, Jaime Toga, membro da Comissão Política e responsável pela organização regional, tinha adiantado alguns aspectos essenciais desse reforço: dos mais de 500 militantes recrutados aos 200 organismos actualmente em funcionamento, dos quais 60 são células de empresa ou sectores profissionais e sindicais, passando pelos mais de 1100 militantes neles integrados.
Dando uma vista de olhos pela resolução política, aprovada por unanimidade, tem-se uma ainda maior percepção do que representa actualmente, no terreno, a organização e a influência do Partido naquele distrito – no Porto, o PCP conta com 6687 militantes inscritos, mais de 821 organizados relativamente à anterior assembleia. Mais de 900 estão organizados a partir das empresas e locais de trabalho.
Como justamente salientou Jaime Toga, o reforço orgânico do Partido «não é um fim em si mesmo». É, sim, um meio para «melhor conseguir alargar a nossa acção, intervenção e influência, política e social, melhorando a capacidade de intervir e de influenciar outros». Contribuindo, desta forma, para o «esclarecimento das massas e para o seu papel reivindicativo e na luta contra a política de direita».
Para este dirigente, o desenvolvimento da luta é mesmo a «questão central para as organizações do Partido e para os comunistas». «É para isto que precisamos de um Partido forte, enraizado junto dos trabalhadores e da população. É para isto que precisamos de militantes dedicados, esclarecidos e combativos.»
Tempos de acção e de luta
A encerrar os trabalhos, Jerónimo de Sousa insistiu na mesma ideia, afirmando que «perante a política de direita e os graves problemas sociais que se avolumam, os tempos que aí vêm só podem ser tempos de acção e de luta. Acção e luta que exigem um partido reforçado com uma intervenção firme, determinada, diversificada e capaz de responder às expectativas e aspirações a uma vida melhor para o nosso povo». E que, para além disso, seja capaz de «promover a ruptura e mudança a que só o PCP pode dar resposta, com o seu projecto, a sua força e capacidade de mobilização, a sua ligação e enraizamento nos trabalhadores, na juventude e no povo».
Segundo o dirigente comunista, o agravamento da situação económica e social e a agudização da luta de classes colocam ao Partido «fortes exigências políticas, ideológicas, organizativas e de intervenção». Cabe aos comunistas e ao seu Partido combater a resignação; dinamizar a resistência e a luta da classe operária, dos trabalhadores e das populações; propor um programa que abra caminho a um Portugal «mais desenvolvido e mais justo».
Mas para tudo isto, há que continuar a construir o Partido – foi esta a ideia que Jerónimo de Sousa escolheu para terminar o seu discurso, realçando os avanços alcançados no fortalecimento dos movimentos unitários de massas; na intensificação da acção política, «como se verifica com a grande campanha nacional que estamos a realizar e como testemunha a nossa acção nas instituições»; no reforço geral do Partido. Neste último caso, o Secretário-geral do PCP referiu que «enfrentando campanhas persistentes visando a sua descaracterização e todas as atitudes que possam conduzir ao seu enfraquecimento, ultrapassando silenciamentos e linhas de diversão, o Partido lança-se com toda a determinação para a concretização da acção «Avante! Por um PCP mais forte».
Assim, com «este Partido Comunista Português e com a insubstituível luta dos trabalhadores e do povo seremos capazes de rasgar novas alamedas por um Portugal de progresso e de futuro».
Continuar a avançar
Apesar dos extraordinários avanços alcançados pelos comunistas no distrito do Porto, estes não se dão por satisfeitos. Aliás, nos textos em discussão para esta assembleia estiveram ausentes tanto o auto-elogio como a passividade perante as inúmeras dificuldades – reais – que se colocam à organização e intervenção do Partido.
Na resolução política aprovada traçam-se objectivos orgânicos ambiciosos, mas nem por isso inalcançáveis – como o provam na perfeição os avanços registados nos últimos dois anos. Aplicando à realidade da região a resolução do Comité Central «Avante! Por um PCP mais forte», os comunistas do Porto pretendem dar especial atenção à responsabilização de quadros, em especial operários, jovens e mulheres, especialmente por tarefas de direcção. Até à próxima assembleia, está traçado o objectivo de responsabilizar 200 novos quadros.
No que respeita ao reforço da organização e intervenção nas empresas e locais de trabalho, destaca-se a importância da assumpção, por parte das comissões concelhias, desta prioridade de trabalho. Para tal, devem estudar a realidade dos respectivos concelhos e organizações, definir responsáveis por sectores e empresas e tomar medidas para criar estrutura partidária e aumentar o número de militantes organizados por esta via. Até à próxima assembleia, propõe-se o recrutamento e integração nas organizações de empresa e local de trabalho de 200 militantes.
Os comunistas do distrito do Porto devem ainda trabalhar para «assegurar o funcionamento efectivo das organizações de base com reuniões regulares». Durante este ano deve ser realizado o maior número possível de assembleias destas organizações, tendo ficado decidido realizar assembleias anuais, no caso das organizações de base, e de dois em dois anos nas concelhias e sectores.
O recrutamento, a difusão da imprensa, a melhoria do trabalho de informação e propaganda e o reforço da capacidade financeira do Partido são outras das prioridades definidas.
Experiência e juventude
A nova Direcção da Organização Regional do Porto do PCP (DORP) tem 42 elementos, dos quais sete não integravam a anterior direcção. Estes novos elementos são expressão do crescimento do Partido na região – dois são da JCP (um operário e uma estudante do Ensino Secundário); um economista; uma professora; dois dirigentes sindicais da Função Pública; e, por fim, uma dirigente do sindicato do Comércio e responsável pela célula do PCP no Jumbo.
No global, 50 por cento dos novos dirigentes do Partido no distrito são operários e empregados; 45,2 por cento são intelectuais e quadros técnicos; e 2,4 por cento estudantes. A média de idades é de 44,6 anos.