Roubar bocados à vida
Sobre os efeitos da desregulamentação do horário de trabalho na vida pessoal e familiar falou também a bancada do PCP, pondo em evidência a brutalidade de uma medida geradora de incompatibilidade várias que interferem no quotidiano dos trabalhadores em geral, e, em particular, das mulheres trabalhadoras.
Em relação a estas, por exemplo, como conciliar a vida profissional com a sua vida familiar ou com a sua participação cívica e política quando se está perante um horário que pode ser alargado «até às 12 horas diárias e 60 semanais, sem dia e hora fixa para trabalhar?».
A deputada comunista Rita Rato levou a debate alguns casos concretos, como o de uma empresa de prestação de serviço de alimentação num hospital público que em Outubro de 2007 implantou as doze horas de trabalho diário a oito trabalhadoras, violando o CCT e as leis laborais, levando a que estas passassem de um momento para o outro a sair de casa de noite e a regressar a casa já de noite outra vez.
Trazidas a lume foram ainda outras situações similares, como aquela a que estão sujeitas a trabalhadoras das cantinas, bares e refeitórios, que vêem o seu horário ultrapassar as 14 horas diárias; o caso do comércio onde não é regular nem o dia nem o horário do turno; ou o das operárias fabris que não sabem quais os fins-de-semana em que vão «compensar» a empresa.
«É esta a vossa paridade?», perguntou, a propósito, dirigindo-se à bancada do PS, a deputada Rita Rato, deixando claro que com tais horários não há «qualquer hipótese» de conciliar a actividade profissional com outras facetas da vida das mulheres.
Tanto mais que, segundo dados de 2008 citados pela parlamentar do PCP, 38 por cento das mulheres já trabalha ao sábado, 22 por cento trabalha ao domingo e, no que respeita ao trabalho nocturno, o valor quase que duplicou atingindo os 13 por cento das mulheres naquela data.
«Uma mãe ou um pai que trabalhe 12 horas por dia não podem preparar o filho para a escola de manhã, não o podem ir buscar à escola, não o podem adormecer, não o podem ajudar a fazer os trabalhos de casa, não podem ir às reuniões de pais, não podem participar na vida do seu filho», assinalou Rita Rato, deixando a pergunta: «não será isto a apropriação pelo patrão do horário de trabalho e da vida familiar dos trabalhadores?»
Em relação a estas, por exemplo, como conciliar a vida profissional com a sua vida familiar ou com a sua participação cívica e política quando se está perante um horário que pode ser alargado «até às 12 horas diárias e 60 semanais, sem dia e hora fixa para trabalhar?».
A deputada comunista Rita Rato levou a debate alguns casos concretos, como o de uma empresa de prestação de serviço de alimentação num hospital público que em Outubro de 2007 implantou as doze horas de trabalho diário a oito trabalhadoras, violando o CCT e as leis laborais, levando a que estas passassem de um momento para o outro a sair de casa de noite e a regressar a casa já de noite outra vez.
Trazidas a lume foram ainda outras situações similares, como aquela a que estão sujeitas a trabalhadoras das cantinas, bares e refeitórios, que vêem o seu horário ultrapassar as 14 horas diárias; o caso do comércio onde não é regular nem o dia nem o horário do turno; ou o das operárias fabris que não sabem quais os fins-de-semana em que vão «compensar» a empresa.
«É esta a vossa paridade?», perguntou, a propósito, dirigindo-se à bancada do PS, a deputada Rita Rato, deixando claro que com tais horários não há «qualquer hipótese» de conciliar a actividade profissional com outras facetas da vida das mulheres.
Tanto mais que, segundo dados de 2008 citados pela parlamentar do PCP, 38 por cento das mulheres já trabalha ao sábado, 22 por cento trabalha ao domingo e, no que respeita ao trabalho nocturno, o valor quase que duplicou atingindo os 13 por cento das mulheres naquela data.
«Uma mãe ou um pai que trabalhe 12 horas por dia não podem preparar o filho para a escola de manhã, não o podem ir buscar à escola, não o podem adormecer, não o podem ajudar a fazer os trabalhos de casa, não podem ir às reuniões de pais, não podem participar na vida do seu filho», assinalou Rita Rato, deixando a pergunta: «não será isto a apropriação pelo patrão do horário de trabalho e da vida familiar dos trabalhadores?»