Redobrada vigilância
Conhecido o recuo do patronato da grande distribuição na sequência da convocação de uma greve no sector para a véspera de Natal (entretanto desconvocada), o PCP não hesitou em considerá-lo uma vitória dos trabalhadores. No Porto, a Organização dos Sectores Profissionais e Grandes Empresas daquela Organização Regional emitiu, no dia 23, um comunicado onde saúda os trabalhadores dos hiper e supermercados «pela vitória alcançada, obrigando ao recuo do patronato na pretensão de fazer aprovar uma proposta de flexibilização dos horários para as 60 horas semanais e para as 12 diárias com o objectivo claro de intensificar a exploração dos trabalhadores das grandes empresas de distribuição». Na opinião dos comunistas, a «determinação e luta dos trabalhadores destas empresas foram decisivas para impedir a liberalização dos horários, que, a ser levada por diante, colocaria a vida dos trabalhadores e suas famílias num inferno».
Para este sector do Partido, esta vitória insere-se «na luta mais geral contra o Código do Trabalho». Aquando da discussão deste pacote legislativo, recorda-se, o PCP alertara para o facto de a sua aprovação desencadear, como se veio a verificar, «uma ofensiva generalizada contra os trabalhadores». Como a vida tem demonstrado, prossegue-se no comunicado, «o artifício dos “horários definido em termos médios” ia ao encontro dos objectivos do patronato não só para deixar de pagar o trabalho extraordinário mas também intensificar a exploração com o aumento da precariedade».
Em Almada, a Comissão Concelhia do Partido distribuiu, no mesmo dia, um comunicado aos trabalhadores do Jumbo, saudando-os igualmente pela vitória alcançada. Uma vitória que, lembra, se deveu à «unidade e determinação manifestadas pelos trabalhadores» e que «dá mais força para continuar o combate pela melhoria das condições de vida e de trabalho, contra as muitas injustiças e ilegalidades que subsistem neste sector».
Apesar do recuo, os comunistas de Almada alertam para o significado das intenções do patronato, «que se mantêm», e apelam à unidade e vigilância dos trabalhadores para futuras ofensivas. As medidas propostas pela associação patronal, acusa o PCP, «mais não visam do que intensificar a exploração». Só o grupo Auchan (proprietário do Jumbo) arrecadou em 2008 lucros da ordem dos 727 milhões de euros.
Para este sector do Partido, esta vitória insere-se «na luta mais geral contra o Código do Trabalho». Aquando da discussão deste pacote legislativo, recorda-se, o PCP alertara para o facto de a sua aprovação desencadear, como se veio a verificar, «uma ofensiva generalizada contra os trabalhadores». Como a vida tem demonstrado, prossegue-se no comunicado, «o artifício dos “horários definido em termos médios” ia ao encontro dos objectivos do patronato não só para deixar de pagar o trabalho extraordinário mas também intensificar a exploração com o aumento da precariedade».
Em Almada, a Comissão Concelhia do Partido distribuiu, no mesmo dia, um comunicado aos trabalhadores do Jumbo, saudando-os igualmente pela vitória alcançada. Uma vitória que, lembra, se deveu à «unidade e determinação manifestadas pelos trabalhadores» e que «dá mais força para continuar o combate pela melhoria das condições de vida e de trabalho, contra as muitas injustiças e ilegalidades que subsistem neste sector».
Apesar do recuo, os comunistas de Almada alertam para o significado das intenções do patronato, «que se mantêm», e apelam à unidade e vigilância dos trabalhadores para futuras ofensivas. As medidas propostas pela associação patronal, acusa o PCP, «mais não visam do que intensificar a exploração». Só o grupo Auchan (proprietário do Jumbo) arrecadou em 2008 lucros da ordem dos 727 milhões de euros.