Injustiças e assimetrias
O deputado comunista Miguel Tiago manifestou a compreensão e solidariedade do PCP para com as preocupações dos subscritores da petição onde são postas em evidência «as injustiças e assimetrias que foram introduzidas no sistema de ensino superior através do processo de Bolonha».
Há dias, no debate em torno da petição que levanta a questão das desigualdades do Tratado de Bolonha, o parlamentar do PCP recordou que a sua bancada foi a única que desde o primeiro momento se posicionou claramente «contra o processo de Bolonha, contra os seus princípios e a mercantilização que representou».
E frisou que, no quadro actual, «ou se equiparam os graus académicos prejudicando os que estão no sistema ou que nele vão ingressar - porque serão obrigados a frequentar os segundos ciclos que são pagos a preço de ouro -, ou não se equipara e prejudicam-se aqueles que no passado já tiraram os seus cursos».
Daí que Miguel Tiago entenda que «o processo de Bolonha tem de retroceder para introduzir justiça nos graus, na sua atribuição e comparação».
Outra dimensão por si colocada diz respeito ao financiamento do Ensino Superior. «Não é possível fazer esta discussão sem esta vertente», sublinhou, considerando que o «embuste do processo de Bolonha» está intimamente relacionado com a lei do financiamento do ensino superior que faz com que o acesso aos mais elevados graus, nomeadamente ao segundo ciclo, esteja condicionado ao pagamento de propinas «exorbitantes e fora do alcance da esmagadora maioria dos portugueses».
«Este foi um embuste que limitou o acesso ao ensino e o transformou numa mercadoria, aglomerando-o em blocos mais facilmente privatizáveis», acusou, defendendo, por outro lado, que a «empregabilidade» alegadamente nascida com o processo de Bolonha não passa de outro embuste.
A prova disso, sustentou, é que o desemprego juvenil atingiu pela primeira vez em Portugal nos últimos trinta anos valores acima dos 20 por cento, havendo 42 mil licenciados no desemprego.
«O que é preciso para reconstruir o ensino superior e ir ao encontro das reais necessidades da economia do País e da população é a soberania também na área da definição das políticas educativas, nomeadamente na área do superior, o retrocesso no processo de Bolonha e o fim da lei do financiamento», concluiu.
Há dias, no debate em torno da petição que levanta a questão das desigualdades do Tratado de Bolonha, o parlamentar do PCP recordou que a sua bancada foi a única que desde o primeiro momento se posicionou claramente «contra o processo de Bolonha, contra os seus princípios e a mercantilização que representou».
E frisou que, no quadro actual, «ou se equiparam os graus académicos prejudicando os que estão no sistema ou que nele vão ingressar - porque serão obrigados a frequentar os segundos ciclos que são pagos a preço de ouro -, ou não se equipara e prejudicam-se aqueles que no passado já tiraram os seus cursos».
Daí que Miguel Tiago entenda que «o processo de Bolonha tem de retroceder para introduzir justiça nos graus, na sua atribuição e comparação».
Outra dimensão por si colocada diz respeito ao financiamento do Ensino Superior. «Não é possível fazer esta discussão sem esta vertente», sublinhou, considerando que o «embuste do processo de Bolonha» está intimamente relacionado com a lei do financiamento do ensino superior que faz com que o acesso aos mais elevados graus, nomeadamente ao segundo ciclo, esteja condicionado ao pagamento de propinas «exorbitantes e fora do alcance da esmagadora maioria dos portugueses».
«Este foi um embuste que limitou o acesso ao ensino e o transformou numa mercadoria, aglomerando-o em blocos mais facilmente privatizáveis», acusou, defendendo, por outro lado, que a «empregabilidade» alegadamente nascida com o processo de Bolonha não passa de outro embuste.
A prova disso, sustentou, é que o desemprego juvenil atingiu pela primeira vez em Portugal nos últimos trinta anos valores acima dos 20 por cento, havendo 42 mil licenciados no desemprego.
«O que é preciso para reconstruir o ensino superior e ir ao encontro das reais necessidades da economia do País e da população é a soberania também na área da definição das políticas educativas, nomeadamente na área do superior, o retrocesso no processo de Bolonha e o fim da lei do financiamento», concluiu.