PCP valoriza convergência que erigiu a Constituição
Na derradeira sessão plenária da legislatura, faz hoje oito dias, a saída do deputado do PS e vice-presidente da Assembleia da República Manuel Alegre foi assinalada com palavras de homenagem oriundas de todas as bancadas.
Trinta e quatro anos depois de eleito pela primeira vez como deputado à Assembleia da República, Manuel Alegre ouviu o seu colega de bancada Alberto Martins dizer que não acredita que o poeta vai «partir para fazer o papel do vagabundo, que atira pedras aos pássaros e ao sol», enquanto Mota Amaral (PSD) - ele que também foi deputado constituinte – lamentou que o Parlamento seja privado do «brilho da sua palavra, do peso da sua autoridade política».
O líder parlamentar do CDS/PP, Mota Soares, por seu lado, realçou a «coerência e vivacidade» do deputado do PS na defesa das suas causas, pondo Fernando Rosas (BE) o acento tónico na ideia de que esta não é uma despedida, porquanto, «saudades, verdadeiramente, só temos do futuro». Heloísa Apolónia, em nome do Partido Ecologista «Os Verdes», aludiu à determinação e frontalidade de Manuel Alegre, caracterizando-o como «uma referência valiosíssima da cultura e da política».
O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, outro dos deputados constituintes ainda no Parlamento, recusou também despedir-se, considerando que «não é a hora da despedida política», e afirmou ter a esperança de que este não «seja afinal um adeus, mas apenas um até breve».
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, outro dos deputados constituintes ainda em exercício, afirmou por seu turno reter na memória os momentos de divergência e confronto ideológico que travaram ao longo dos anos, nomeadamente na Constituinte, mas também, «e especialmente», os momentos de convergência.
Convergência «com Manuel Alegre e com outros, com outras forças políticas na Constituinte», conseguindo que «essa convergência edificasse um projecto de sociedade, um projecto democrático que foi a Constituição da República Portuguesa», frisou o Secretário-geral do PCP, sublinhando que nesse pilar do regime democrático se agregam, inseparáveis, as «vertentes política, económica, social, cultural» e, acrescentou, «a independência nacional». «Por isso mesmo aquilo que retenho foi essa obra conjunta, que ainda perdura apesar de muitas vezes ameaçada, aqui ou acolá empobrecida, mas que continua a ser um projecto pelo qual, nós, comunistas, lutámos muito, reconhecendo que outros democratas também o fizeram», sublinhou Jerónimo de Sousa, assinalando ser esta «talvez a melhor forma» de dizer que não se trata de «uma despedida e cá estaremos no confronto, na divergência mas também na convergência, em nome de uma vida melhor para Portugal e para os portugueses».
Trinta e quatro anos depois de eleito pela primeira vez como deputado à Assembleia da República, Manuel Alegre ouviu o seu colega de bancada Alberto Martins dizer que não acredita que o poeta vai «partir para fazer o papel do vagabundo, que atira pedras aos pássaros e ao sol», enquanto Mota Amaral (PSD) - ele que também foi deputado constituinte – lamentou que o Parlamento seja privado do «brilho da sua palavra, do peso da sua autoridade política».
O líder parlamentar do CDS/PP, Mota Soares, por seu lado, realçou a «coerência e vivacidade» do deputado do PS na defesa das suas causas, pondo Fernando Rosas (BE) o acento tónico na ideia de que esta não é uma despedida, porquanto, «saudades, verdadeiramente, só temos do futuro». Heloísa Apolónia, em nome do Partido Ecologista «Os Verdes», aludiu à determinação e frontalidade de Manuel Alegre, caracterizando-o como «uma referência valiosíssima da cultura e da política».
O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, outro dos deputados constituintes ainda no Parlamento, recusou também despedir-se, considerando que «não é a hora da despedida política», e afirmou ter a esperança de que este não «seja afinal um adeus, mas apenas um até breve».
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, outro dos deputados constituintes ainda em exercício, afirmou por seu turno reter na memória os momentos de divergência e confronto ideológico que travaram ao longo dos anos, nomeadamente na Constituinte, mas também, «e especialmente», os momentos de convergência.
Convergência «com Manuel Alegre e com outros, com outras forças políticas na Constituinte», conseguindo que «essa convergência edificasse um projecto de sociedade, um projecto democrático que foi a Constituição da República Portuguesa», frisou o Secretário-geral do PCP, sublinhando que nesse pilar do regime democrático se agregam, inseparáveis, as «vertentes política, económica, social, cultural» e, acrescentou, «a independência nacional». «Por isso mesmo aquilo que retenho foi essa obra conjunta, que ainda perdura apesar de muitas vezes ameaçada, aqui ou acolá empobrecida, mas que continua a ser um projecto pelo qual, nós, comunistas, lutámos muito, reconhecendo que outros democratas também o fizeram», sublinhou Jerónimo de Sousa, assinalando ser esta «talvez a melhor forma» de dizer que não se trata de «uma despedida e cá estaremos no confronto, na divergência mas também na convergência, em nome de uma vida melhor para Portugal e para os portugueses».