O fruto da luta
A ministra da Saúde assegurou segunda-feira em despacho que o futuro Hospital do Seixal será dotado de «um serviço de urgência básica». Este foi o resultado da luta firme das populações e do PCP que tudo fizeram para travar a perspectiva do Governo que excluía aquela valência essencial da nova unidade de saúde.
PS tem revelado desprezo pelos interesses das populações
Por satisfazer continua porém uma outra reivindicação há muito colocada pela população e que tem a ver com a necessidade de equipar o novo Hospital com camas de internamento. Nada é dito a este respeito pela titular da pasta da Saúde no referido despacho onde esta reconhece a existência de várias condicionamentos nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, entre as quais, como «muito problemáticos», o «acesso ao Hospital Garcia de Orta às horas de ponta e nos períodos estivais».
O certo é que aquelas duas valências - camas de internamento e serviço de atendimento para situações de urgência - desde sempre foram encaradas pelos habitantes da Margem Sul como fundamentais e indispensáveis para uma adequada prestação de assistência hospitalar, capaz de satisfazer as necessidades da população.
E por elas se bateu o PCP que, ainda muito recentemente, recorde-se, viu inviabilizado pelo PS um projecto de resolução da sua autoria no qual o Parlamento recomendava ao Governo que dotasse o futuro Hospital do Seixal com aquelas duas vertentes consideradas indispensáveis. A sua necessidade foi, aliás, reconhecida pela empresa Antares Consulting, em estudo técnico elaborado em 2006 e que o Governo interpretou como sendo de referência técnica para a definição do «perfil» do novo hospital.
Desonestidade política
Não obstante essa identificação, e ao arrepio de todas as opiniões e vozes que vêem na existência daquelas valências a única forma de responder de forma adequada às necessidades da população em termos de assistência hospitalar, a verdade é que o Governo nos últimos tempos vinha apontando para a nova unidade uma perspectiva de tipologia onde era inexistente qualquer referência a camas de internamento e a serviços de urgência. Foi perante a possibilidade de tal cenário que o Grupo comunista entendeu apresentar o seu projecto de resolução, sendo que esse texto levado a plenário, como foi salientado na ocasião em declaração de voto assinada pelos deputados comunistas Francisco Lopes e Bruno Dias, nem sequer era o texto do PCP, mas sim um texto que fora subscrito, apresentado e votado favoravelmente por todos os partidos políticos na Assembleia Municipal do Seixal.
Este acabou por ser mais um caso em que ficou a nu a «atitude de «incoerência, desonestidade política e desrespeito pelas populações e utentes da Saúde da região de Setúbal» por parte do PS que, dando o dito por não dito, veio a votar negativamente no Parlamento o mesmo texto que antes aprovara e subscrevera no Seixal.
A área de influência do novo hospital do Seixal abrange os cerca de 500 mil habitantes dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, que actualmente apenas dispõem do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Este, não obstante o esforço dos seus profissionais, regista dificuldades de resposta, dado ter apenas 312 camas, 20 por cento das quais são ocupadas pelo serviço das urgências.
De acordo com o referido estudo da empresa Antares Consulting, existirá um defice de, pelo menos, 330 camas de hospital de agudos nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra em 2015.
O certo é que aquelas duas valências - camas de internamento e serviço de atendimento para situações de urgência - desde sempre foram encaradas pelos habitantes da Margem Sul como fundamentais e indispensáveis para uma adequada prestação de assistência hospitalar, capaz de satisfazer as necessidades da população.
E por elas se bateu o PCP que, ainda muito recentemente, recorde-se, viu inviabilizado pelo PS um projecto de resolução da sua autoria no qual o Parlamento recomendava ao Governo que dotasse o futuro Hospital do Seixal com aquelas duas vertentes consideradas indispensáveis. A sua necessidade foi, aliás, reconhecida pela empresa Antares Consulting, em estudo técnico elaborado em 2006 e que o Governo interpretou como sendo de referência técnica para a definição do «perfil» do novo hospital.
Desonestidade política
Não obstante essa identificação, e ao arrepio de todas as opiniões e vozes que vêem na existência daquelas valências a única forma de responder de forma adequada às necessidades da população em termos de assistência hospitalar, a verdade é que o Governo nos últimos tempos vinha apontando para a nova unidade uma perspectiva de tipologia onde era inexistente qualquer referência a camas de internamento e a serviços de urgência. Foi perante a possibilidade de tal cenário que o Grupo comunista entendeu apresentar o seu projecto de resolução, sendo que esse texto levado a plenário, como foi salientado na ocasião em declaração de voto assinada pelos deputados comunistas Francisco Lopes e Bruno Dias, nem sequer era o texto do PCP, mas sim um texto que fora subscrito, apresentado e votado favoravelmente por todos os partidos políticos na Assembleia Municipal do Seixal.
Este acabou por ser mais um caso em que ficou a nu a «atitude de «incoerência, desonestidade política e desrespeito pelas populações e utentes da Saúde da região de Setúbal» por parte do PS que, dando o dito por não dito, veio a votar negativamente no Parlamento o mesmo texto que antes aprovara e subscrevera no Seixal.
A área de influência do novo hospital do Seixal abrange os cerca de 500 mil habitantes dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, que actualmente apenas dispõem do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Este, não obstante o esforço dos seus profissionais, regista dificuldades de resposta, dado ter apenas 312 camas, 20 por cento das quais são ocupadas pelo serviço das urgências.
De acordo com o referido estudo da empresa Antares Consulting, existirá um defice de, pelo menos, 330 camas de hospital de agudos nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra em 2015.