Futuro do Arsenal do Alfeite

PCP não desarma e exige esclarecimentos

O Grupo Parlamentar do PCP voltou a criticar a «falta de respostas» do Ministério da Defesa sobre a situação do Arsenal do Alfeite e exigiu esclarecimentos cabais sobre questões que, em sua opinião, são «decisivas» para o Arsenal e para os seus trabalhadores.

Governo desrespeita os trabalhadores

Depois de uma visita ao Arsenal do Alfeite do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, em Março passado, o Grupo Parlamentar apresentou na Assembleia da República uma pergunta ao Governo, suscitando várias questões para as quais pediu esclarecimentos.
A resposta entretanto dada pelo Ministério da Defesa, essa é que «pura e simplesmente ignora do princípio ao fim todas as questões apresentadas».
«Nesse documento, o Ministério limita-se a apresentar um panegírico vazio de conteúdo e laudatório das supostas vantagens da “empresarialização” do Arsenal do Alfeite», acusam os deputados comunistas Francisco Lopes e Bruno Dias no texto dirigido ao Ministério da Defesa, observando que «nada é diantado quanto às questões centrais que hoje mantêm a incerteza dos trabalhadores».
«Resposta» esta que para a bancada comunista é sintomática da «insensibilidade» e da «falta de respeito» do Governo para com os trabalhadores do Arsenal do Alfeite.
E não só. Em sua opinião, comporta igualmente «uma desconsideração para com o Parlamento, com o Ministério da Defesa a furtar-se às respostas que tem a obrigação de prestar aos deputados, nos termos da Constituição e do Regimento da Assembleia da República».
Daí que o Grupo Parlamentar do PCP volte a insistir em colocar perguntas ao Governo, através do Ministério da Defesa, sobre a situação do Arsenal do Alfeite.
Quer saber, designadamente, em que áreas e serviços incidirão os investimentos anunciados pelo ministro da Defesa, do mesmo modo que importa conhecer se vão ou não manter-se todas as valências da unidade.
«Existe algum acordo que garanta que a Armada Portuguesa será o cliente privilegiado do Arsenal do Alfeite?», questionam ainda os deputados do PCP, que perguntam, por outro lado, se vão ser extintas áreas tecnológicas ou serviços e, por último, se «todos os trabalhadores vão transitar para a nova empresa e em que condições laborais».


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